Arroz e feijão devem acabar em dois dias; Comando Militar do Planalto tem feito desfiles com Bolsonaro
O Exército afirmou em nota enviada aos colunistas do Metrópole que a inflação e a pandemia levaram ao desabastecimento de alimentos em quartéis da Força em Brasília. Falta óleo de cozinha, enquanto arroz e feijão devem acabar em dois dias. Para evitar que os soldados fiquem sem refeições, o Comando Militar do Planalto cogita exigir apenas meio expediente de trabalho.
Segundo o Comando Militar do Planalto, as razões são a má situação econômica do país e a pandemia.
“Aspectos conjunturais, como a pandemia da Covid-19, associada ao atual cenário da economia, têm ocasionado uma variação significativa de valores de diversos itens a serem adquiridos”, afirmou a nota, emendando: “Isso provocou o desabastecimento de alguns gêneros alimentícios”.
Em eventos públicos ao lado de Jair Bolsonaro, contudo, o Exército não demonstra economizar. Na semana passada, fez um desfile no Dia do Soldado para Bolsonaro e autoridades, com entrega de condecorações.
No último dia 16, Bolsonaro deu tiros de artilharia em uma demonstração militar em Formosa (GO). O treinamento envolvia 2,5 mil agentes. Pela primeira vez, o presidente recebeu o convite para o ato em um desfile de blindados na frente do Planalto.
Questionado, o Exército não detalhou o tamanho da falta de suprimentos, tampouco quanto gastou nos eventos recentes com Bolsonaro.
Texto originalmente publicado no site Metrópoles
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