O Bitcoin está perto de passar por mais um halving, evento que marca a redução pela metade da emissão de novos bitcoins. Nesse sentido, os investidores analisam com otimismo, majoritariamente, o choque na oferta que o evento pode causar. Contudo, existe um ponto bastante importante para atentar-se pós halving: o Hash Rate, uma medida do poder computacional do Bitcoin.
O evento, que ocorre de quatro em quatro anos, poderia resultar em um inverno computacional para cerca de 20% de seu poder de mineração. Com a redução das recompensas de 6,25 BTC para apenas 3,125 BTC por bloco, os mineradores estão ajustando suas operações.
Inicialmente, o investimento em hardware de mineração gerou retornos significativos devido à baixa dificuldade de mineração e à recompensa em Bitcoin relativamente alta por bloco minerado.
No entanto, à medida que mais mineradores entram na rede e a dificuldade de mineração aumenta, são necessários investimentos cada vez maiores em hardware mais potente para manter os mesmos níveis de retorno. Esse efeito não é novo, e na economia é chamada de teoria dos ciclos de retornos decrescentes.
Previsão da Galaxy Digital é pessimista
Analistas da Galaxy Digital preveem um cenário pessimista. Nele, até 20% da taxa de hash, poderiam ser removidos do cenário no momento do halving. Atualmente o poder computacional é a soma de oito modelos específicos de equipamentos de mineração.
Modelos como M20S, M32 e S17 estão entre os afetados. Esta análise sugere uma indústria em um ponto de inflexão, onde eficiência e redução de custos se tornam estratégias de sobrevivência.
Atualmente, pré halving, a hash rate da rede Bitcoin está em torno de 515 exahashes por segundo (EH/s). No entanto, essa robustez esconde uma vulnerabilidade às iminentes mudanças. A expectativa é que os modelos mais antigos de ASICs não suportem as recompensas reduzidas. Especialmente considerando um preço do Bitcoin a US$ 45.000 e taxas de transação representando apenas 15% das recompensas.
No entanto, nem todos os mineradores estão em igualdade de condições. Chase White, da Compass Point Research & Trading, prevê uma queda menos severa na taxa de hash para 500 EH/s após a redução pela metade. Desse modo, evidenciando a resiliência e adaptabilidade do setor.
Próximo do halving, Hash Rate aumenta
Um dado que reforça a crença que os mineradores já estão se preparando é o aumento notável de 8% no ajuste de dificuldade da rede, o maior em 12 meses. Nesse sentido, a dificuldade agora encontra-se a um pico histórico de 81,73 T, de acordo com dados da Coinwarz.
Paralelamente, a taxa de hash da rede, a medida pela média móvel de 14 dias, também alcançou um recorde, atingindo 583 eh/s. Análises revelam que a taxa de hash da rede geralmente experimenta um crescimento acentuado nos 4 a 6 meses que antecedem um halving.
Dados da Glassnode sobre o crescimento da taxa de hash no início de cada período de halving são recalibrados para um índice de base padronizado de 100%. Essa padronização permite um rastreamento preciso do crescimento que ocorre ao longo de cada período de halving.
Desde o início do período de halving atual, a taxa de hash cresceu impressionantes 380%. No entanto, vale ressaltar que o crescimento está diminuindo a cada ciclo, em comparação com o crescimento de 8000% observado no ciclo de 2016-2020.
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