Promessa de campanha de ambos os candidatos em 2018, a correção da tabela do Imposto de Renda não deve ocorrer pelo governo Bolsonaro em 2022, o que eleva para 7 anos desde o último reajuste.
Com a ausência de correção, a tabela já se encontra defasada em 134,5%, desde 1996.
Na prática, o número de isentos em 2022, que está em 8,3 milhões, deveria ser de 23,7 milhões de brasileiros, caso a tabela fosse corrigida pelo índice de inflação.
A medida implica que, uma pessoa que receba R$1903 em 2022, passa a ter de pagar o imposto, um número que deveria ser de R$4465 caso houvesse a correção.
A promessa de campanha do presidente Bolsonaro previa que a tabela do Imposto de Renda seria corrigida para garantir isenção até 5 salários mínimos, algo próximo de R$5000 em 2018. Em 2019, o governo alterou a proposta, prevendo reajuste para R$3 mil.
Em meio a pandemia, o reajuste foi novamente postergado.
Nem mesmo o crescimento da arrecadação de 17% acima da inflação em 2021, garantiu o reajuste em 2022. Com este feito, o governo Bolsonaro passa a ser o primeiro a não corrigir a tabela.
As não correções implicam em aumentar o total de brasileiros sujeitos ao Imposto de Renda Pessoa Física, o que amplia a arrecadação do governo.
Segundo a Unafisco, sindicato de auditores fiscais, a não correção implica que os brasileiros devem pagar cerca de R$149 bilhões a mais em Imposto de Renda em 2022. Neste ano, o número de declarações bateu recorde, atingindo 36,1 milhões, contra a expectativa de 34,3 milhões.
Segundo o impostômetro, os brasileiros atingiram a quantia de R$1 trilhão em impostos pagos no dia 3 de maio de 2022. Em 2021, a medida foi atingida no dia 19 de Maio, representando um aumento na arrecadação.
Com o aumento, o governo espera compensar outras benesses, que não a correção do IRPF, como o aumento do Auxílio Brasil e vouchers para caminhoneiros e motoristas de táxis, medidas aprovadas na chamada PEC Kamikaze, junto da redução de impostos sobre combustíveis.
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