A FTX, que se encontra em processo de falência, e sua empresa-irmã, Alameda Research, transferiram mais de US$ 8 milhões em ativos digitais nas últimas 24 horas. Nesse sentido, o movimento acontece em meio a uma alta no mercado de criptomoedas e com Bitcoin atingindo US$ 56 mil.
De acordo com a empresa de análise de blockchain SpotOnChain, essas entidades transferiram nesta terça-feira (27) 2.000 Ether, avaliados em cerca de US$ 6,36 milhões. Além disso, também transferiram 163.727 tokens PROM, avaliados aproximadamente em US$ 2,04 milhões.
No dia anterior, o Bitcoin teve uma valorização, ultrapassando os US$ 57.000 pela primeira vez desde novembro de 2021. No entanto, seu preço teve uma leve retração para US$ 56.958 no momento da publicação.
Portanto, o aumento do Bitcoin é seguido geralmente do aumento de outras criptomoedas. Alguns analistas especulam que essas transações podem indicar o esforço da falida corretora e empresa-irmã para lucrar com a valorização desses tokens.
FTX e Alameda movimentam fundos no último mês
Ademais, a SpotOnChain relatou que a FTX e a Alameda transferiram 10.447 ETH, avaliados em US$ 27,6 milhões, para exchanges centralizadas no último mês, coincidindo com um aumento de 42% no valor do ETH.
Apesar dessas transferências, as empresas ainda possuem cerca de US$ 901 milhões em ativos digitais. A FTX detém US$ 530 milhões distribuídos em 18 endereços, enquanto a Alameda possui US$ 371,39 milhões em ativos, segundo dados da SpotOnChain.
Desse modo, vale dizer que os movimentos ocorrem enquanto a FTX ativamente se desfaz de vários ativos. Incluindo participações em criptomoedas e ações em diversas empresas, como parte de seus esforços de reestruturação.
Na semana passada, a exchange obteve aprovação judicial para vender sua participação de 8% na Anthropic, uma startup de IA. A FTX investiu inicialmente cerca de US$ 530 milhões na Anthropic em 2022. Com a avaliação da Anthropic agora em US$ 15 bilhões, o investimento da FTX mais do que dobrou, superando $1 bilhão.
Além disso, a FTX vendeu uma parte significativa de suas ações no Grayscale’s Bitcoin Trust (GBTC) após a transição do trust para um fundo negociado em bolsa (ETF). Essas vendas de ativos visam ajudar a FTX a liquidar suas dívidas após descartar planos para um possível relançamento em janeiro.
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