Em entrevista ao BlockTrends durante o evento Satsconf 2024 em São Paulo, Obi Nwosu, CEO da Fedmint, compartilhou sua visão sobre o futuro do Bitcoin, com destaque para o impacto do lançamento de ETFs de Bitcoin e tecnologias emergentes de privacidade e pagamento, como FEDI e Lightning. Além disso, ele comemorou sua percepção de que o Brasil está com maior foco em Bitcoin, e largou as altcoins.
A Fedmint é uma empresa que atua no desenvolvimento de tecnologias para escalar a privacidade no Bitcoin. Além disso, conta com uma ferramenta que possibilita uma custódia mais descentralizada.
Segundo Nwosu, essas tecnologia, ETFs e as que constroe, contribuem de maneira distinta para a expansão e adoção do Bitcoin, alcançando desde investidores institucionais até pequenos usuários que buscam transações mais rápidas e privadas.
Para Nwosu, os ETFs de Bitcoin, especialmente no mercado ocidental, representam uma força importante ao estimular o interesse de grandes instituições financeiras, além de fortalecer a credibilidade do Bitcoin em meio a reguladores e investidores tradicionais.
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ETFs e soluções onchain
No entanto, ele ressalta que o ETF tem um papel específico. De facilitar a custódia regulada de Bitcoin para esses grandes investidores. Apesar disso, a popularização e facilidade no uso do Bitcoin por pessoas comuns, explica ele, ainda dependem de avanços em tecnologias mais acessíveis, como a Lightning Network e o eCash.
A Lightning Network, voltada para pagamentos rápidos e de baixo custo, é fundamental para tornar o Bitcoin uma alternativa viável de pagamento cotidiano. Acima dessa camada, o eCash e o protocolo Fedimint, utilizados pela Fedi, oferecem uma experiência semelhante ao dinheiro físico.
“Esses tokens de eCash podem ser enviados diretamente, de maneira privada, com custos praticamente inexistentes e velocidade excepcional”, destaca Nwosu.
Questionado sobre a possibilidade de maior privacidade no Bitcoin diante de uma nova liderança na SEC, o CEO foi pragmático. Segundo ele, a postura dos reguladores dificilmente impede os avanços em tecnologias de privacidade.
“Quanto mais os reguladores tentam controlar o Bitcoin, mais isso incentiva as pessoas a desenvolverem soluções de privacidade e resistência à censura”, afirmou.
Fedmint para institucional?
Portanto, ele sugere que o próprio desenvolvimento do Bitcoin é impulsionado por uma comunidade de engenheiros e programadores que não respondem a entidades reguladoras.
Nwosu também vê potencial para grandes players do mercado, como a Coinbase, adotarem o sistema de Fedimint, uma espécie de rede descentralizada de custódia de eCash inspirada na Liquid Network.
Ele acredita que, como ocorre com toda nova tecnologia, essa adoção começará em comunidades menores, mas que, eventualmente, poderá ser integrada por grandes organizações do setor.
Ademais, outro ponto alto da conversa foi o entusiasmo de Nwosu ao falar sobre o crescimento da comunidade Bitcoin no Brasil. Para ele, a comunidade brasileira se tornou um exemplo da transição de um foco em altcoins para uma ênfase maior no Bitcoin.
Ele observou que o entendimento das pessoas sobre o potencial do Bitcoin cresceu exponencialmente nos últimos anos, e no Brasil não foi diferente. Portanto, vê o Brasil como um país-chave para o desenvolvimento do setor no futuro.
Ao final da entrevista, o BlockTrends convidou Nwosu a refletir sobre o interesse da mídia em descobrir a verdadeira identidade de Satoshi Nakamoto, o criador do Bitcoin. Para ele, essa busca reflete uma necessidade humana de encontrar uma figura de liderança.
Mas ele alerta que o verdadeiro valor do Bitcoin está além de qualquer pessoa individual. “Bitcoin é mais do que uma pessoa; é um movimento, uma ideia, uma filosofia”, concluiu.
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