Errar é humano, mas insistir no erro é algo que o Fundo Monetário Internacional (FMI) faria. A entidade sugeriu a implementação de impostos mais altos sobre a energia como uma medida para reduzir as emissões geradas por mineradores de criptomoedas e centros de dados de inteligência artificial (IA), conforme um relatório publicado em 15 de agosto.
Apesar disso, outras entidades já fizeram suas previsões que viraram motivo de piada. Por exemplo, uma instituição que pensa de forma similar ao FMI é o Fórum Econômico Mundial (WEF).
Eles previram em pesquisa de 2017 que a mineração de Bitcoin poderia potencialmente consumir tanta eletricidade quanto o mundo inteiro até 2020.
Os críticos argumentaram que este sistema não só consumia energia excessiva, mas também tinha uma pegada de carbono substancial. Especialmente porque grande parte da mineração era alimentada por combustíveis fósseis.
Não foi o que aconteceu. Atualmente, majoritariamente das atividades de mineração utilizam energias renováveis. Neste ano, a mineração de Bitcoin atingiu um novo marco de sustentabilidade. O setor alcançou 54,5% de seu consumo de energia agora alimentado por fontes renováveis, de acordo com o Bitcoin ESG Forecast.
FMI insiste no erro
Contudo, o FMI argumenta que esses setores consomem cerca de 2% da eletricidade mundial e são responsáveis por quase 1% das emissões globais. O regulador financeiro afirmou que uma única transação de Bitcoin consome a mesma quantidade de eletricidade que uma pessoa comum em Gana ou no Paquistão utilizaria em três anos.
Além disso, o relatório do FMI destaca que uma consulta ao ChatGPT consome dez vezes mais eletricidade do que uma pesquisa no Google, devido à natureza intensiva em energia dos centros de dados de IA.
O FMI projeta que o consumo de energia desses setores pode aumentar para 3,5% nos próximos três anos. Portanto, equiparando-se ao consumo de eletricidade atual do Japão, que é o quinto maior do mundo.
FMI sugere aumento de impostos
Para enfrentar esse problema, o FMI recomenda um aumento significativo nos impostos sobre a energia. Sugere-se que os governos imponham um aumento de 85% nos impostos sobre a eletricidade para os mineradores de criptomoedas.
Desse modo, resultando em um custo de US$ 0,047 por quilowatt-hora, ou US$ 0,089 quando considerados os custos da poluição do ar. Esta medida poderia, supostamente, gerar US$ 5,2 bilhões anualmente e reduzir as emissões em 100 milhões de toneladas, equivalente às emissões atuais da Bélgica.
De forma semelhante, o FMI aconselha que os centros de dados sejam tributados em US$ 0,032 por quilowatt-hora. O valor que poderia subir para US$ 0,052 ao incluir os custos da poluição do ar.
Isso colocaria US$ 18 bilhões por ano no bolso dos governos. Eles argumentam que os centros de dados consomem menos energia e frequentemente operam em áreas com eletricidade mais limpa. Isso justificaria uma tributação menor em comparação aos mineradores de criptomoedas.
O relatório foi elaborado por Shafik Hebous, vice-chefe da divisão do Departamento de Assuntos Fiscais do FMI, e Nate Vernon-Lin, economista na divisão de política climática.
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