Hoje, dia 30 de julho, o Ethereum celebra nove anos desde sua criação. Desde o lançamento em 30 de julho de 2015, a plataforma de blockchain cofundada por Vitalik Buterin foi a primeira do mundo das criptomoedas a ter contratos inteligentes. Portanto, é um dos pilares para criação de outras que vieram na sequência.
Em 2015, Buterin concebeu a Ethereum para ser uma plataforma descentralizada que executa contratos inteligentes. Desse modo, diferente do Bitcoin, o Ethereum nasceu com objetivo de suportar uma variedade de aplicações descentralizadas (dApps) por meio de seu Turing completo Ethereum Virtual Machine (EVM).
Críticas ao surgimento da Ethereum
A criação da rede Ethereum contou com bastante polêmica que, até hoje, muitos trazem à tona. O Ether (ETH), criptoativo nativo do ecossistema passou por um processo de pré-mineração antes do lançamento.
A pré-mineração (ou “pre-mining”) refere-se ao processo pelo qual os desenvolvedores de um novo projeto de criptomoeda criam e distribuem tokens antes do lançamento oficial da rede ou da venda pública.
A ETH vem sendo construída desde 2010 e fez pré-venda em 2014. A pré-venda/ICO da ETH foi de US$ 0,31 em 22 de julho de 2014. A listagem do ativo foi em 2 de setembro de 2014. Na época, o ETH foi listado ao preço de US$ 0,74. Entretanto, em outubro de 2015 o ETH despencou para US$ 0,42. Mas nunca voltou ao preço do ICO.
Apesar disso, muitos outros defendem que a pré-mineração de Ethereum foi bem-sucedida e transparente. Contudo, ao longo dos anos muitas coisas mudaram na tecnologia da rede. Entre elas, atualizações, hard forks (bifurcações) e até mudanças no sistema de verificação de transações.
Mudanças ao longo dos anos
A primeira grande atualização foi a Homestead, em março de 2016. O evento buscou trazer melhorias na segurança e na experiência do desenvolvedor. A Homestead é a segunda grande versão da plataforma Ethereum e a primeira versão de produção da rede.
Em 2016, aconteceu o primeiro grande hard fork, por conta de um hack. Depois de levantar US$ 150 milhões em Ether (ETH) por meio de uma venda de tokens, a DAO, comunidade da Ethereum foi hackeada devido a vulnerabilidades em sua base de código.
Após o evento, a comunidade Ethereum decidiu por um hard fork para reverter as transações maliciosas. Desse modo, resultando na criação de duas blockchains: Ethereum (ETH) e Ethereum Classic (ETC).
Metropolis – Byzantium (Outubro de 2017) e Constantinople (Fevereiro de 2019) foram as segundas grandes atualizações. Ambas trouxeram várias melhorias de eficiência e segurança, além de preparar a rede para a transição para o proof-of-stake (PoS).
A rede, até então, ainda era Proof-of-work. Isso é, o algoritmo de consenso para verificar transações era a mesma do Bitcoin. Por meio da mineração. Em dezembro de 2019 veio a atualização Istanbul. Esta buscou trazer melhorias na compatibilidade com Zcash, eficiência de gás e resistência a ataques denial-of-service.
Alguns anos depois, a atualização Berlin, em abril de 2021. Essa atualização introduziu otimizações nas taxas de gás, novas funções de contrato inteligente e melhorias na eficiência de transação.
Deflacionário e Proof-of-Stake
Nos anos seguintes, o foco maior foi na transição da rede para tornar-se deflacionária, e sob o algoritmo de proof-of-stake. Desse modo, aconteceu a London Fork, em agosto de 2021. A introdução da EIP-1559 reformulou o sistema de taxas de transação, queimando uma parte das taxas de gás. Portanto, tornou o Ethereum potencialmente deflacionário.
The Merge e a Transição para Ethereum 2.0
Uma das mais aguardadas atualizações, The Merge, ocorreu em setembro de 2022. Este evento crucial marcou a transição da rede Ethereum do mecanismo de consenso proof-of-work (PoW) para proof-of-stake (PoS).
A importante atualização reduziu drasticamente o consumo de energia da rede em cerca de 99%. Além disso, preparou o caminho para futuras melhorias de escalabilidade através de sharding. O conceito de sharding descreve a prática de quebrar as funções da blockchain em diferentes validadores, basicamente. A ideia é melhorar ainda mais a escalabilidade.
Após o Merge, houve o Shanghai Fork, uma das últimas etapas antes da completa transição para Ethereum 2.0, o Shanghai Fork implementou a fusão total da cadeia Ethereum original com a nova Beacon Chain. Portanto, agora a camada Beacon (de validação com staking) ficou totalmente ligada à camada de execução.
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