Os ETFs de Bitcoin nos EUA atraíram US$ 39,5 milhões nesta quarta-feira (22). O movimento marcou o quinto dia consecutivo de entradas líquidas. Apesar disso, na semana a participação de mercado do GBTC da Grayscale caiu abaixo de 25%.
A demanda pelos ETFs é impressionante, dado à incerteza do mercado. No momento da escrita, o preço do Bitcoin (BTC/USD) voltou a subir acima de US$ 61.000, após uma breve queda abaixo de US$ 60.000, segundo dados do TradingView.
De acordo com dados da Farside Investors, os ETFs de Bitcoin viram entradas de US$ 236,6 milhões nos últimos cinco dias. Além disso, acumularam um total de quase US$ 17,6 bilhões em entradas líquidas desde seu lançamento.
Mas o valor em dólares não conta toda a história, como explicou o analista da Bloomberg, James Seyffart, no podcast Wolf of All Streets na quarta-feira. Ele destacou que esses ETFs “possuem muito mais Bitcoin do que na última vez que estavam perto desse nível”.
Nessa linha, ele observa que os ETFs de Bitcoin estão “se aproximando de 1 milhão de Bitcoins” após terem “comprado uma tonelada” durante a recente queda.
Por quê o Bitcoin não sobe então?
Apesar disso, para Cauê Oliveira, o analista Onchain do BlockTrends PRO, o Bitcoin ainda não decolou por um conjunto de fatores. Em Thread no X, antigo Twitter, ele explica pontos como a pressão de vendas de entidades. Além de um cenário macroeconômico ainda não tão favorável.
“Como o governo alemão, que vendeu cerca de 50 mil BTCs apreendidos, e o governo dos EUA, que adicionou mais 10 mil BTC à pressão de venda”, escreveu. “Além disso, a distribuição de mais de 100 mil Bitcoins do fundo de reabilitação da Mt. Gox, uma questão de longa data no mercado, também impactou o sentimento. Ainda existem 40 mil BTC na posse do fundo e essa pressão ainda não se esgotou.”
Mesmo assim, esse volume não é diretamente responsável pela lateralização. Ainda por ser um volume pequeno, se considerar o volume de negociação diária de Bitcoin. Para o analista, os entimento é o fator determinante.
“Essas vendas, em grande parte, não afetam apenas pela quantidade de moedas movimentadas, mas também pelo impacto psicológico que essas notícias têm sobre os investidores, aumentando a pressão vendedora no mercado. Principalmente pela região de preços onde ocorreram”, explica.
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