Os ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos registraram entradas que somam US$ 1,03 bilhão em um período de três dias. Entre todos eles, o que mais observou entradas foi o IBIT, ETF da BlackRock, conforme dados do Farside Investors.
Apesar disso, o fluxo pode ser ainda maior. Em entrevista ao BlockTrends o analista de ETFs da Bloomberg, James Seyffart, explica mais sobre o assunto. Atualmente, a burocracia para que institucionais ofereçam os ETFs de Bitcoin aos seus clientes é gigante, o que acaba sendo um gargalo.
Os grandes bancos, que controlam trilhões de dólares, atuam como conselheiros ou gestores de riqueza. Nomes como Morgan Stanley, Merrill Lynch e UBS são exemplos desses bancos que possuem enormes quantidades de ativos sob sua administração. Até agora, a maior parte do dinheiro investido em ETFs de Bitcoin veio de vendas.
Algumas instituições e muitos fundos de troca estão negociando esses ETFs, provavelmente fazendo arbitragem com base nos mercados futuros. No entanto, Seyfartt explica que ainda não há muitas dessas grandes plataformas de gerenciamento de riqueza que mantêm ETFs de Bitcoin.
“Muitos acreditam que uma vez que os ETFs são aprovados, todos podem comprá-los imediatamente. Mas não é assim que funciona para esses conselheiros financeiros nas grandes plataformas”, explica Seyfartt.
Os vários níveis de aceitação de ETFs de Bitcoin
Os ETFs geralmente têm três níveis de aceitação. No primeiro, ninguém pode comprá-los. É onde os ETFs de Bitcoin começaram. Após a aprovação, a segunda etapa é a possibilidade destes gerentes de finanças comprá-los para o seu cliente. Mas apenas se o cliente solicitar, e se seguir várias etapas burocráticas.
No terceiro nível, é possível comprá-los diretamente na plataforma e adicioná-los ao portfólio do cliente sem obstáculos adicionais.
“Em algum momento, possivelmente entre o terceiro e o quarto trimestre deste ano, espera-se que esses conselheiros possam recomendar ativamente que seus clientes coloquem uma porcentagem de seus ativos em Bitcoin. Isso provavelmente desbloqueará um fluxo significativo de capital para os ETFs de Bitcoin”, afirmou.
Portanto, o analista diz que, ao analisar um horizonte de seis a doze meses, espera-se um aumento nos fluxos. Nas últimas semanas, já houve um aumento quando o preço do Bitcoin se recuperou dos níveis baixos para os médios de US$ 50.
“Agora, com o preço em torno dos 60 mil dólares, já há dinheiro entrando. Espera-se que outra onda de fluxos venha desses conselheiros quando as plataformas permitirem essas recomendações”, disse Seyfartt. “Mesmo uma pequena alocação, como 1% dos ativos dos clientes, pode resultar em bilhões de dólares adicionados ao mercado”, finalizou.
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