O Tesouro dos Estados Unidos, isso é, a parte que cuida das finanças da maior economia do mundo, reconheceu o Bitcoin como um “ouro digital” em uma análise deste sábado (7). No relatório, o órgão destaca o papel do Bitcoin como um ativo digital comparável ao ouro.
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Portanto, a tese da maior economia do mundo o uso principal da criptomoeda é como um “store of value” (reserva de valor). A comparação vem em um contexto de crescimento da indústria, além de um cenário regulatório mais favorável após a vitória de Donald Trump o país.
O presidente se diz pró mercado, e pró Bitcoin, e demonstra isso ao escolher nomes bastantes favoráveis à criptomoeda para sua administração.
Conforme o relatório do Tesouro destaca, o mercado de ativos digitais e do Bitcoin evoluiu de maneira impressionante. Dessa maneira, o valor de mercado que era de apenas US$ 7 bilhões em 2015 passou para impressionantes US$ 2,385 trilhões em 2024 na época da publicação do relatório.
Nesse crescimento, o Bitcoin lidera, com um valor de mercado atual de US$ 1,364 trilhão, seguido por outras criptomoedas, que somam US$ 855 bilhões, e stablecoins, que chegam a US$ 166 bilhões.
A análise ressalta que, embora o uso de criptomoedas para transações ainda seja limitado, seu crescimento está principalmente associado ao investimento e à especulação. Contudo, o Bitcoin é diferente visto que sua tese de reserva de valor recebeu validação do órgão estatal. Segundo o Tesouro dos Estados Unidos, o Bitcoin já é como um “ouro digital” no ecossistema financeiro descentralizado.
Ainda tem espaço para crescer
Apesar do rápido crescimento, o relatório faz questão de ressaltar que o mercado de criptomoedas ainda é pequeno em comparação à outras classes de ativos financeiros. O mercado de ações nos EUA, por exemplo, é avaliado em US$ 50,787 trilhões. Enquanto o mercado imobiliário global chega a US$ 52,319 trilhões.
Os títulos do Tesouro dos EUA somam US$ 27,728 trilhões, apesar de que emissoras de stablecoins como a Tether atuam entre as maiores compradoras de títulos públicos dos EUA atualmente.
A análise destaca que o papel do Bitcoin evoluiu para se tornar um ativo de proteção contra a inflação e a volatilidade econômica. Desse modo, assumiu características semelhantes às do ouro no mercado financeiro tradicional.
Além disso, o relatório aponta que os avanços na tecnologia blockchain e no uso de registros distribuídos (DLT) têm potencial para transformar a infraestrutura financeira existente. O relatório destaca como a tecnologia pode melhorar a liquidação e o processamento de transações.
O Tesouro dos EUA também reconhece que o mercado de criptomoedas ainda está em estágio inicial. E atrai interesses crescentes tanto em ativos descentralizados quanto em stablecoins reguladas.
Stablecoins
No que tange as stablecoins, o Tesouro reconhce que elas desempenham um papel fundamental no ecossistema de ativos digitais, mediando mais de 80% de todas as transações de criptomoedas.
O relatório aborda que um dos fatores mais relevantes é que uma parte significativa do lastro das stablecoins, cerca de US$ 120 bilhões, está investida em títulos de curto prazo do Tesouro dos EUA. “Isso reflete como essas moedas digitais estão se conectando ao mercado financeiro tradicional, criando uma demanda estrutural por esses ativos”, escreveu.
O relatório não passou batido pela possibilidade de “corridas bancárias” digitais. O Tesouro cita eventos passados, como o colapso do UST (TerraUSD). “[Estes eventos] Destacaram a vulnerabilidade de stablecoins mal lastreadas. Reguladores apontam a necessidade de tratá-las como fundos do mercado monetário, exigindo colateral 100% seguro, como títulos do Tesouro”, escreveu.
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