O bilionário entusiasta de ouro e CEO da corretora de valores Euro Pacific Capital, Peter Schiff, é alvo de zoação nesta semana por entusiastas do Bitcoin. O motivo é claro, em 2019 o bilionário afirmou no X, antigo Twitter, que a criptomoeda nunca chegaria na marca dos US$ 100 mil. E chegou nesta quarta-feira (4) de madrugada.
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Além disso, o bilionário Schiff é um crítico de Bitcoin declarado. Ele já afirmou neste ano em entrevista que o Bitcoin é uma bolha, ou seja, especulação financeira. “O Bitcoin é uma pura pirâmide, é uma pirâmide. A demanda por Bitcoin tem base na crença de que você pode vendê-lo a outra pessoa por um preço mais alto.”
Contudo, a marca de US$ 100 mil não foi o suficiente para mudar a cabeça do bilionário tradicional de Wall Street. Peter Schiff voltou a escrever no Twitter sua visão cética sobre o Bitcoin, e o marco histórico da criptomoeda atingir US$ 100 mil.
Segundo Schiff, esse valor só foi possível devido à intervenção governamental. Além disso, ele alegou que o Bitcoin “comprou políticos” e se beneficiou de políticas públicas que favoreceram o mercado. Ele argumenta que, em um mercado realmente livre, esse patamar de preço não seria possível.
Ele também destacou que muitos investidores que estão vendendo Bitcoin e obtendo grandes lucros o fazem às custas de outros compradores que, segundo ele, ficarão “segurando a bomba”.
Para Schiff, o problema maior está na quantidade de capital que, na sua visão, foi desperdiçada em algo que ele classifica como “absurdo”. Portanto, em sua visão o dinheiro podendo ter uma “utilidade mais produtiva.” Além disso, Schiff sugeriu que o termo “intervenção” talvez não seja o mais apropriado, preferindo descrever a situação como um “resgate” promovido pelo governo.
Ele criticou duramente a proposta da criação de uma “Reserva Estratégica de Bitcoin” pelos EUA. Desse modo, ele afirmou que isso significa usar dinheiro público, “tomado à força”, para comprar Bitcoin.
Mercado tem opinião diferente
Na visão de quem tem pele no jogo, e especialistas do setor de Bitcoin e cripto, o cenário é bastante diferente do que o bilionário acha. Para Bárbara Espir, Country Manager da Bitso no Brasil, o ano de 2024 marca um momento decisivo para o bitcoin e a indústria cripto.
“Ao ultrapassar agora a marca histórica de 100 mil dólares, o Bitcoin não apenas rompeu barreiras emocionais e resistências de preço. Mas também reafirmou seu status como um dos ativos mais relevantes do mercado financeiro. Neste momento, 100% das pessoas que compraram e guardaram bitcoin estão no positivo”, celebrou.
Para ela, diversos fatores tornaram este ano um ponto de virada para o Bitcoin, com destaque para o quarto halving em abril. A adoção cresceu não apenas dentro da comunidade cripto, mas também entre empresas, investidores institucionais e até governos.
Para Guilherme Nazar, Vice-Presidente Regional da Binance para a América Latina, a alta histórica do Bitcoin para US$ 100 mil por unidade ocorre devido a mudanças estruturais significativas no mercado, possíveis mudanças regulatórias nos EUA sob a administração Trump e adoção institucional alimentada pelo sucesso dos ETFs de Bitcoin.
“Com conversas sobre uma reserva estratégica de Bitcoin dos EUA e mais empresas adicionando Bitcoin aos seus tesouros corporativos, estamos à beira da verdadeira adoção global convencional”, afirmou. Mas para além disso, para Nazar, os fatores que vêm influenciando favoravelmente o Bitcoin e outras criptomoedas vão além das fronteiras americanas.
“Diversos países estão em posição avançada na regulação do mercado, definindo regras que ao mesmo tempo protegem os usuários e permitem que tanto os investidores de varejo quanto institucionais acessem esse mercado. Isso vem criando uma demanda crescente por criptomoedas em âmbito global”, explicou.
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