
A Méliuz S.A. (B3: CASH3), empresa brasileira de cashback e serviços financeiros, anunciou um movimento ousado no mercado: a destinação de até 10% do seu caixa total para a compra de Bitcoin. Como primeiro passo dessa estratégia, a companhia já adquiriu 45,72 BTC ao preço médio de US$ 90.296,11 por unidade. Desse modo, totalizando um investimento inicial de US$ 4,1 milhões.
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No anúncio, a empresa explica que a decisão faz parte de uma nova estratégia de tesouraria, que visa diversificar as reservas financeiras da companhia e buscar valorização de longo prazo com a criptomoeda.
A decisão foi aprovada pelo Conselho de Administração da Méliuz, que alterou sua Política de Gestão de Liquidez. Agora chamada Política de Aplicações Financeiras, permite a alocação de parte do caixa em Bitcoin.
Para garantir a governança e segurança da estratégia, a empresa também anunciou a criação do Comitê Estratégico de Bitcoin. Por sua vez, o Comitê ficará responsável por avaliar a viabilidade de uma eventual ampliação desse investimento.
Segundo comunicado oficial, a administração da empresa acredita que o Bitcoin pode ser um ativo relevante na maximização de valor para a companhia e seus acionistas.
Expansão e estudo de viabilidade
Além da compra inicial de Bitcoin, o Conselho de Administração da Méliuz solicitou à Diretoria da companhia um estudo detalhado sobre a possibilidade de ampliar a exposição à criptomoeda. Esse estudo deve contemplar três principais frentes:
Adoção do Bitcoin como principal ativo estratégico da tesouraria da companhia;
Possíveis formas de geração incremental de Bitcoin para os acionistas, incluindo alocação de caixa, fluxo operacional ou outras iniciativas;
Avaliação de mudanças necessárias nos documentos societários, estrutura interna e políticas de gerenciamento de risco para viabilizar investimentos adicionais em Bitcoin.
A companhia informou que divulgará um novo Fato Relevante sobre o tema nos próximos 45 a 60 dias. Portanto, assim que houver mais definições sobre os próximos passos da estratégia a empresa deverá anunciar em tempo real.
Impacto no mercado e comparação com outras empresas
A adoção do Bitcoin por empresas de capital aberto ainda é uma prática pouco comum no Brasil, mas ganha força no cenário global. A MicroStrategy, por exemplo, é um dos maiores cases de sucesso nesse modelo. Desse modo, tendo convertido grande parte de sua tesouraria para Bitcoin e acumulado bilhões de dólares em criptoativos.
No Brasil, a decisão da Méliuz pode servir como um teste para outras companhias do setor financeiro e de tecnologia. Estas, que buscam alternativas para diversificação de caixa e reserva de valor.
Riscos e oportunidades
Embora a valorização histórica do Bitcoin seja um dos atrativos da decisão da Méliuz, a volatilidade do ativo e as incertezas regulatórias no Brasil e no mundo são fatores que a companhia precisará monitorar de perto.
O próprio documento divulgado pela empresa traz um disclaimer, alertando que os acionistas devem considerar informações adicionais e análises independentes antes de tomarem decisões de investimento baseadas nessa nova estratégia.
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