No coração do país mais rico da América Latina, o Chile, uma nova bancada pró-Bitcoin está sendo articulada no Congresso Nacional. O movimento é liderado por figuras proeminentes como a deputada Gael Yeomans e o deputado Tomás Hirsch, ambos conhecidos por suas posições progressistas e interesse em inovação tecnológica.
Gael é deputada pelo “Convergência Social”, partido do presidente Gabriel Boric. Entre 2011 e 2019, foi ligada ao movimento da Esquerda Libertária, nascido após a fusão entre Organização Comunista Libertária (OCL), da Frente de Estudantes Libertários (FEL), das Unidades Muralistas de Luta Ernesto Miranda (UMLEM) e outros grupos. Além de Gael, a bancada conta ainda com Juan Santana, do partido socialista chileno e do deputado Tomás Hirsch, um empresário ligado a Ação Humanista, também de esquerda.
Até o momento, a bancada pró-Bitcoin no Chile tem 20 membros, entre deputados e senadores, de um total de 155 deputados e 43 senadores no Congresso chileno.
Inspiração nos EUA?
A iniciativa chilena ganha ainda mais relevância à luz da recente postura adotada por Donald Trump nos Estados Unidos. Após sua reeleição, Trump prometeu favorecer a indústria de criptomoedas, incentivando a criação de uma reserva estratégica de Bitcoin, o que elevou o valor do ativo digital a patamares históricos, chegando a beirar os US$ 100 mil. A decisão de Trump de nomear um presidente da SEC mais amigável às criptomoedas e discutir a criação de um posto na Casa Branca dedicado a ativos digitais tem reverberado globalmente, influenciando movimentos como o que se observa no Chile.
Os deputados chilenos estão explorando a possibilidade de criar um “banco de Bitcoin” para estudar e regulamentar a criptomoeda. A ideia é que este banco sirva como um centro de pesquisa e desenvolvimento, ajudando a moldar políticas que integrem o Bitcoin na economia chilena sem comprometer sua posição de liderança financeira na América Latina.
Contudo, a proposta enfrenta resistência, com o Banco Central do Chile expressando preocupações sobre a estabilidade financeira e a necessidade de uma regulamentação robusta. Ainda assim, os proponentes, incluindo os deputados Giorgio Jackson e Camila Vallejo, argumentam que o Bitcoin pode trazer inovação, atrair investimentos e oferecer uma proteção contra a inflação, pontos críticos em uma economia diversificada como a chilena.
Os legisladores estão se inspirando em legislações de outros países, como El Salvador, que já adotou o Bitcoin como moeda de curso legal, e estão em diálogo constante com especialistas e entusiastas do setor cripto para elaborar uma proposta de lei que possa ser aprovada no Congresso chileno.
Esta bancada não apenas busca promover o Bitcoin, mas também visa educar a população sobre as implicações, riscos e benefícios das criptomoedas, alinhando-se com a nova onda de inovação financeira que Trump parece estar impulsionando nos EUA. A decisão de Trump pode, portanto, ter catalisado uma mudança significativa na política cripto chilena, colocando o país no mapa como um potencial líder em regulamentação e uso de criptomoedas na região.
Brasil também tem projeto na área
No Brasil, o deputado federal Eros Biondini tem sido uma voz proeminente na defesa da criação de uma bancada pró-Bitcoin no Congresso Nacional. Biondini propôs um projeto de lei que visa estabelecer uma Reserva Estratégica Soberana de Bitcoins (RESBit), com o objetivo de diversificar as reservas internacionais do país e proteger contra flutuações cambiais. Sua iniciativa reflete uma tendência global de reconhecimento do Bitcoin como uma alternativa de reserva de valor e busca alinhar o Brasil com movimentos semelhantes em outros países.
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