Um dos maiores fraudadores, e criador da pirâmide de criptomoedas que usou famosos para aplicar golpes, foi preso em Istambul. As autoridades prenderam o suíço Andreas Szakacs, após adquirir a cidadania turca e adotar o nome de Emre Koç conforme noticiou a mídia local BirGün. O piramideiro usou nomes de famosos, como Ronaldinho Gaúcho, para fazer propaganda de sua pirâmide.
Szakacs era a ponta da pirâmide OmegaPro, é recebe acusações de enganar mais de três milhões de investidores. Além disso, estima-se que o prejuízo que ele causou foi de US$ 4 bilhões.
O criador da pirâmide, Szakacs, começou suas operações com a OmegaPro em 2019. Assim como qualquer pirâmide, construiu uma imagem de sucesso ao distribuir altos lucros iniciais para os primeiros investidores.
Outros métodos também incluíram a criação de reputação falsa por meio de prêmios e reportagens falsas de revistas como a Forbes. Apesar disso, grande parte era montagem, ou um prêmio que ele mesmo inventava.
Para consolidar sua imagem, a pirâmide organizou torneios de futebol em Dubai e Panamá com ex-jogadores famosos. Foi durante estes eventos que ex-jogadores famosos como Ronaldinho, Kaká, Wesley Sneijder, John Terry e Iker Casillas participaram.
A pirâmide, em seu meio de vida, operava globalmente. Junto das promessas de retornos de 300% em 16 meses. A OmegaPro agora tinha representantes na Colômbia, México, Nicarágua, Chile, Hong Kong, Singapura, Inglaterra, França, Bélgica, Nigéria, Congo, Índia, Coreia do Sul e Argentina.
A queda da pirâmide
Entretanto, em novembro de 2022, quem poderia imaginar. A OmegaPro parou de realizar pagamentos aos seus investidores. E assim, começou o final da pirâmide, com o encerramento das operações da empresa em julho de 2023.
Szakacs foi preso em 9 de julho de 2024 no distrito de Beykoz, em Istambul, e preso no dia seguinte. Mesmo sem falar turco, Szakacs, cuja mãe é sueca e o pai tem ascendência turca, obteve a cidadania turca e mudou-se para Istambul com sua família, apesar das ordens de prisão contra ele. Ele residia em uma vila em Beykoz.
Investigações revelaram que ele possuía 32 cold wallets contendo criptomoedas, além de dispositivos de armazenamento de senhas. Em um computador, as autoridades encontraram documentos da OmegaPro e registros de grandes transações financeiras.
Em apenas um mês, autoridades detectaram transações de criptomoedas no valor de US$ 160 milhões, provavelmente de uma única vítima. Contudo, Szakacs se recusou a fornecer as senhas dos cold wallets e dos computadores.
Em sua defesa, Szakacs afirmou que a empresa foi à falência entre setembro e outubro de 2022 e que sofreu os maiores prejuízos. Alegou ainda ter compensado muitas vítimas antes da falência. Seus advogados argumentaram que os investidores estavam cientes dos riscos do mercado Forex.
Em 10 de julho, o Tribunal Criminal de Paz de Beykoz decretou a prisão de Szakacs sob a acusação de “fraude utilizando sistemas de informação, bancos ou instituições de crédito”.
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