Após a revogação da lei marcial no país, o governo da Coreia do Sul anunciou nesta quarta-feira (4) que está preparado para injetar “liquidez ilimitada” nos mercados financeiros do país. A informação é conforme comunicado oficial do Banco Central da Coreia do Sul (BoK).
O caos se instaurou por algumas horas nesta semana após o presidente Yoon Suk Yeol declarar lei marcial , e no dia seguinte revogar a decisão. Portanto, após uma reunião extraordinária do Conselho de Política Monetária, o Banco da Coreia divulgou um comunicado reafirmando seu compromisso de estabilizar os mercados.
Pouco antes de uma sessão extraordinária do banco central, o governo garantiu que todos os mercados, incluindo os de ações, câmbio e dinheiro de curto prazo, iriam operar normalmente.
O decreto de lei marcial derrubou o won para mínimas de vários anos e provocou instabilidade no mercado financeiro. Portanto, a decisão de liquidez ilimitada seguiu-se em reuniões de emergência com a administração do ministro das Finanças, Choi Sang-mok, e pelo governador do Banco da Coreia, Rhee Chang-yong.
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Medidas do BoK
A Comissão Reguladora de Serviços Financeiros do país anunciou que tem à disposição um fundo de estabilização do mercado de ações no valor de 10 trilhões de won (aproximadamente US$ 7,07 bilhões), pronto para usar se necessário.
Entre as principais medidas anunciadas estão:
- Compras de RPs (Repurchase Agreements): A partir de hoje, o banco começará a realizar compras irregulares de RPs para fornecer liquidez de curto prazo. Além disso, a entidade aumentou a lista de títulos e instituições elegíveis para essas transações. Portanto, permitindo uma maior flexibilidade no fornecimento de liquidez em won.
- Compras de Títulos Públicos: O banco realizará compras diretas de títulos do Tesouro e recompras de Bonds de Estabilização Monetária em quantidades suficientes para sustentar o mercado de títulos.
- Liquidez em Moeda Estrangeira: A liquidez será fornecida através de transações de RPs em moedas estrangeiras. Também terá intervenções adicionais previstas para estabilizar eventuais oscilações abruptas na taxa de câmbio.
- Apoio a Instituições Financeiras: Foram implementadas medidas para aumentar os limites de débito líquido e ajustar as garantias das instituições financeiras, assegurando o funcionamento contínuo das operações de pagamento e liquidação.
Medidas vão até fevereiro de 2025
As medidas de liquidez estarão em vigor até o dia 28 de fevereiro de 2025, segundo o Banco da Coreia do Sul. A ampliação temporária das instituições e títulos elegíveis para operações de mercado aberto inclui bancos domésticos e estrangeiros. Além de corretoras de valores e federações financeiras, como a Federação Nacional de Cooperativas de Crédito.
Além disso, a autoridade monetária também implementou salvaguardas para gerenciar riscos de crédito associados aos títulos recém-adicionados à lista de elegibilidade.
O governo também enfrenta desafios relacionados ao orçamento nacional de 2025. A oposição, que domina o parlamento, cortou 4,1 trilhões de won da proposta original. Desse modo, resultando em um impasse legislativo que pode impactar negativamente os gastos fiscais em um momento de desaceleração das exportações.
Apesar das turbulências, economistas apontam que a economia sul-coreana mantém fundamentos sólidos e robustez externa. O BoK declarou que continuará monitorando de perto as condições do mercado e tomará medidas adicionais conforme necessário.
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