Em junho do ano passado, após lançar com sucesso sua primeira missão tripulada, a SpaceX foi avaliada em cerca de US $36 bilhões de dólares. Um ano e quatro meses depois, a companhia fundada por Elon Musk em 2002, superou a marca de US $100 bilhões em sua avaliação, se tornando a 2° startup mais valiosa do mundo.
Em um intervalo de menos de 2 anos, a empresa de um setor que há anos atrás era inexplorado pela iniciativa privada apresentou um crescimento de 170%.
Embora nos dias atuais a companhia seja amplamente reconhecida pelo seu trabalho no desenvolvimento de foguetes reutilizáveis, não há quem nunca tenha visto os famigerados vídeos de seus foguetes explodindo em tentativas de lançamento/pouso. A razão disso é simples, ninguém nunca tentou fazer o que a SpaceX faz, tornando todo esse caminho muito mais difícil.
Em números essa situação não se torna tão desastrosa, explicitando a excelência dos engenheiros ao desenvolver os foguetes. Desde 2010 a empresa lançou 129 foguetes da família Falcon, obtendo ao todo 127 sucessos totais (98,45%), e algumas outras falhas em lançamentos de protótipos.
Mesmo com esses números surpreendentes e avaliações surpreendentes, a pergunta que ecoa pela mente da maioria das pessoas é: Como dispor milhares de dólares no desenvolvimento e lançamento de foguetes em órbita pode ser lucrativo?
Primeiramente, é necessário entender que atualmente a SpaceX ganha a maior parte de seu dinheiro fazendo apenas uma atividade: lançar satélites em órbita. A empresa cobra dos clientes comerciais um orçamento padrão de US $62 milhões por lançamento por este serviço. Eventualmente exigindo US $20 milhões a mais por missões espaciais governamentais mais complicadas, como o reabastecimento da Estação Espacial Internacional (ISS), e missões tripuladas em parceria com a NASA.
Segundo o próprio Musk, o primeiro estágio de um foguete Falcon 9 custa algo entre US $30 milhões e US $35 milhões para ser construído, Portanto, a porção “foguete” de um lançamento da SpaceX custa no máximo US $ 50 milhões, incluindo custos de combustível, que Musk que são estimados em 0,3% do custo de lançamento.
Isso significa que apenas US $12 milhões por lançamento, devem pagar pelas despesas gerais da empresa e fornecer seus lucros. O que significa uma margem de lucro de quase 20% a cada lançamento,
Agora, essa história se torna interessante quando levamos em consideração o ponto chave da ideia de Musk, reutilizar os propulsores. Um único Falcon 9 chegou a ser lançado 7 vezes, indo até a órbita terrestre e retornando com sucesso, o que obviamente, maximiza de forma gigantesca a lucratividade da operação.
Mas boa parte do valuation da companhia de exploração espacial não tem origem nesses lançamentos corriqueiros fornecidos a empresas privadas e ao próprio governo dos Estados Unidos, e sim em um projeto especial, chamado Starlink.
Starlink é o plano da empresa de construir uma rede de internet interconectada com milhares de satélites, conhecida na indústria espacial como uma constelação, projetada para fornecer internet de alta velocidade a consumidores em qualquer lugar do planeta. A SpaceX ao todo já lançou 1.740 satélites Starlink até o momento, e a rede tem mais de 100.000 usuários em 14 países que estão participando de um beta público, usufruindo do serviço ao preço de US $99 por mês.
Esse projeto em especial, deve ser a grande fonte de dinheiro da companhia nos próximos anos. Segundo uma estimativa realizada pelo Morgan Stanley, a receita da companhia com os usuários pagando US $99 dólares ao mês pode ultrapassar US $30 bilhões em 2025.
A Starlink por si só já possui uma fila de investidores buscando fatias societárias do projeto, incluindo a gigante detentora do grupo Google, a Alphabet, que realizou um investimento de cerca de US $1 bilhão de dólares na companhia
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