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“Coma menos carne e mais soja” sugere Banco Central dos EUA como dica contra a inflação

Em meio a alta de produtos básicos como alimentos, o banco central dos EUA sugere “menos carne e mais soja” para compensar.

Foi em 9 de outubro de 2014 que o Secretário de Política Econômica do governo federal deu sua ideia inovadora para os brasileiros que viam a carne pesar mais no orçamento: comam ovos.

A frase, mais do que infeliz, coincidiu com o aumento da pobreza no país pela primeira vez em mais de uma década.

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A inflação vista em 2014, porém, não chegou a assustar, ou ao menos não tanto quanto 2015, quando atingiu 10,37%, o maior resultado desde o plano real.

Declarações do tipo não são raras, e na maior parte das vezes demonstram apenas a enorme desconexão entre formuladores de política pública e a população em si.

Neste semana foi a vez do FED, o Banco Central Americano, lançar mão de dicas culinárias em seu blog, ressaltando que um peru de ação de graças pode ser substituído por alimentos a base de soja “contendo o dobro de proteínas” pela metade do preço.

Nos EUA, a inflação atinge 6,2%, no maior índice desde os anos 80, quando a inflação superou dois dígitos, levando a uma política contracionista por parte do FED, que elevou juros de forma nunca antes vista.

Para os diretores atuais do FED, entretanto, este é um efeito “transitório”, fruto de incertezas nas cadeias de suprimento.

Em suma, para o FED, os problemas em produções de chips e semicondutores, além da crise energética na Europa, tem puxado a inflação para o consumidor final no país.

Os efeitos até aqui têm sido contraditórios. O número de trabalhadores que estão  abandonado seus empregos está em níveis recordes, batendo 5 milhões de pessoas por mês.

Um estudo publicado por economistas ligados à universidade de Chicago encontrou que 68% dos americanos ganham mais com os estímulos em meio a Pandemia do que estando trabalhando.

Ao contrário do Brasil, os EUA têm enfrentado enorme dificuldade em retirar os estímulos, como os cheques direcionados pelo governo.

Este tipo de prática tem levado a um aumento explosivo no endividamento do governo, e consequentemente no aumento de impressão de moeda para custear os gastos.

Em um único mês em meio a Pandemia, o FED imprimiu 1 em cada 5 dólares já criados na história. No total, foram 1 em cada 3 dólares já criados.

Na prática, os estímulos têm inundando o mercado com recursos, levando a um aumento exponencial de preços, uma vez que a existência de dinheiro para adquirir bens e serviços não é um problema. A produção, sim.

Este choque entre oferta e demanda, inflado pelo próprio FED, ganha força com outros efeitos recentes, em especial na área energética. A produção de petróleo tem sido fortemente restrita, o que por sua vez eleva o preço do barril, aumentando custos de forma generalizada na economia.

O mesmo ocorre em outros setores afetados pelas mudanças promovidas nos últimos anos, como um aumento dramático na demanda por minerais presentes em carros e baterias elétricas, além de um aumento no consumo de alimentos (em função também da própria pandemia e dos estímulos mantidos neste período).

Essa situação tende a se manter, na medida em que uma alta de juros por parte do governo americano segue sendo adiada.

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