O Mercado Livre, empresa com maior valor de mercado da América Latina, anunciou neste dia 28 a nova ferramenta em sua plataforma que disponibiliza a venda de imóveis utilizando bitcoin como método de pagamento.
O Mercado Livre, até então a maior empresa da América Latina, vem vivenciando seu melhor momento desde a fundação. Impulsionado pela pandemia do coronavírus, os serviços de e-commerce oferecidos pela empresa foram alavancados e transformaram a companhia em um fenômeno na bolsa de valores.
Com sua maior operação em solo Brasileiro, o Mercado Livre gerou um faturamento total de $3,7 bilhões no ano passado, sendo $2,2 bilhões originados do Brasil. Os números astronômicos apontam um crescimento superior a de seus principais concorrentes, como a Magalu e Via Varejo. Tais fatos culminaram em um aumento total de 200% no valor das ações da empresa na Bolsa de Nova York, tudo isso em um período de 12 meses.
Com essa perspectiva de crescimento ascendente, o Mercado Livre tomou a dianteira entre as empresas de e-commerce e inovou ao anunciar que possibilitará a compra de imóveis com bitcoin como forma de pagamento. Até o momento, a ferramenta só está disponível para cerca de 75 imóveis na Argentina, que se localizam nas grandes cidades do país, como Buenos Aires, Córdoba e Santa Fé. Mas, segundo a empresa, existem planos de expansão do uso desta ferramenta para outros países.
No anúncio, o gerente comercial de Veículos, Imóveis e Serviços no Mercado Livre pontuou:
“Estamos sempre atentos às mudanças do mercado. O bitcoin oferece múltiplas vantagens para as operações imobiliárias, tanto para o comprador quanto para o vendedor. Hoje lançamos a seção de criptomoedas dentro do Mercado Livre Imóveis e em poucas horas já são 75 imóveis disponíveis. Esperamos muito mais que com o passar dos dias, porque longe de ser um modismo, vemos que é uma tendência que se consolidará com o tempo.”.
A escolha do solo argentino para a implementação inicial da ferramenta não é aleatória. Em setembro do ano passado, visando conter a fuga de capital presente no país, causada pela extensa crise econômica que assola o país, o Banco Central Argentino anunciou medidas que restringem e proíbem ao máximo o acesso à moeda estrangeira.
Pessoas físicas tiveram o acesso restringido a uma quantia mínima de $200 dólares ao mês, além de uma retenção de 35% do capital que for utilizado para a compra de dólar. Portanto, se você quiser comprar 100 dólares, que equivalem a 9.066 pesos (na cotação atual de 90,67 pesos por dólar), terá de pagar na verdade 12.239 pesos.
Já no mercado financeiro, pessoas que comprarem dólares no mercado, não poderão operar na bolsa de valores.
Neste cenário, o bitcoin é visto como uma alternativa extremamente vantajosa para ser utilizada como forma de pagamento de imóveis. Pois pode ser cotado em dólar, proporcionando uma unidade de conta verdadeiramente leal ao valor do imóvel, assim driblando as restrições do Banco Central.
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