Aqueles que não têm medo de entregarem sua idade, ou então até os jovens que rejeitaram a modernidade para abraçarem desenhos Hanna Barbera, devem imaginar como seria viver como ‘Os Jetsons’. Para esse público, e demais entusiastas de tecnologia, a boa notícia é que com avanço da inteligência artificial ter um gostinho de ser um dos Jetsons pode ser algo bem plausível nos próximos anos.
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A startup Physical Intelligence, também conhecida como PI ou π, anunciou nesta terça-feira (22) um avanço significativo em sua tecnologia de robôs domésticos com o lançamento de um vídeo ao público.
O clipe mostra robôs equipados com um novo modelo que a empresa desenvolveu, e batizou de modelo π-0.5. No vídeo, a startup mostra seu robô limpando cozinhas e banheiros, utilizando inteligência artificial para planejar e executar tarefas complexas de forma autônoma. Assim como Rosie, a doméstica robô do desenho infantil.
Um salto tecnológico com o modelo π-0.5
O vídeo que a Physical Intelligence divulgou contrasta a capacidade de seus robôs de realizar limpeza em ambientes completamente novos, sem necessidade de programação prévia.
Portanto, é claro que já existem os robôs aspiradores. Contudo, estes possuem pré-programação, e muitas vezes somente usam de geolocalização simples. Portanto, conforme mostra o vídeo, a “Rosie” da startup pode obedecer ordens específicas como limpar ou organizar um cômodo, reconhecer objetos e muito mais.
A mágica por trás dessa façanha está no modelo π-0.5, que a startup desevolveu. Segundo a startup, uma evolução do π-0, que combina planejamento de alto nível com ações práticas por meio de inferência hierárquica. Ou seja, a partir de um conjunto de comandos, ela planeja a melhor estratégia para executar da melhor forma.
A abordagem permite que os robôs analisem o ambiente, identifiquem objetos e superfícies, e executem tarefas. Como por exemplo limpar bancadas, lavar louças ou esfregar o chão, adaptando-se a diferentes layouts e condições.
A tecnologia da Physical Intelligence é resultado de anos de pesquisa e desenvolvimento, afirmou a startup em o anúncio.
Um artigo da WIRED revela que a startup, sediada em um depósito em São Francisco, atraiu centenas de milhões de dólares em investimentos, incluindo aportes de fundos ligados à OpenAI e à Thrive Capital.
O objetivo da empresa é criar uma IA generalista para o mundo físico, capaz de resolver problemas complexos como limpar uma casa ou dobrar roupas. Tarefas que, segundo o paradoxo de Moravec, são mais desafiadoras para máquinas do que jogar xadrez ou descobrir novos medicamentos.
Segundo a teoria do paradoxo de Moravec, no contexto de IA, as máquinas realizam tarefas que exigem raciocínio lógico e cognitivo avançado mais fácil, como jogar xadrez, do que tarefas consideradas simples e intuitivas para os humanos, como reconhecer objetos ou andar. Em outras palavras, o que é fácil para humanos é difícil para máquinas, e vice-versa.
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