Os cientistas podem perder seus empregos, e o motivo pode ser os próprios cientistas (e inteligência artificial). Um grupo de pesquisadores divulgou nesta segunda-feira (12) um projeto para a primeira inteligência artificial que pode conduzir pesquisas inteiras de maneira 100% autônoma.
“Apresentamos o “Cientista AI”: O primeiro sistema de IA do mundo para automatizar a pesquisa científica e promover descobertas abertas e contínuas”, escreveu a página oficial do projeto no X. A empresa é a Sakana.AI Labs, que tem sede em Tokyo, Japão.
Conforme a página onde publicaram a pesquisa, a IA será capaz de pensar em tudo, e elaborar todas as partes de uma pesquisa científica. Desde a concepção de ideias, escrita de código, execução de experimentos e resumo de resultados. Até a parte final, como a redação completa de artigos e revisão por pares.
Desse modo, segundo escrevem os autores, o Cientista AI inaugurou uma nova era de pesquisa científica com impulso por IA e aceleração de descobertas.
“Embora os modelos de fronteira já tenham sido usados como auxílios para cientistas humanos, por exemplo, para brainstorming de ideias, escrita de código ou tarefas de previsão, eles ainda conduzem apenas uma pequena parte do processo científico. Este artigo apresenta a primeira estrutura abrangente para descoberta científica totalmente automática”, escreve.
Inteligência artificial já começa a substituir cientistas
A IA cientista inclusive já gerou quatro pesquisas, e os exemplos de artigos com Machine Learning já estão disponíveis.
“Publicamos nosso relatório, The AI Scientist: Towards Fully Automated Open-Ended Scientific Discovery, e disponibilizamos o projeto de código aberto! Nosso sistema utiliza LLMs (Modelos de Linguagem de Grande Escala) para propor e implementar novas direções de pesquisa”, afirmaram os autores.
Inicialmente, usaram o Cientista AI apenas para realizar pesquisas em Machine Learning. “O mais importante é que nosso sistema é capaz de executar todo o ciclo de vida da pesquisa em ML: desde a invenção de ideias e experimentos, escrita de código, até a execução de experimentos em GPUs e coleta de resultados”, disse.
Além disso, ele também pode escrever um artigo científico completo, explicando, visualizando e contextualizando os resultados.
Por fim, enquanto um autor de IA escreve artigos de pesquisa completos, outro revisor também de IA critica os manuscritos resultantes para servir como contraponto, e assim estimular o primeiro cientista de IA.
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