
O brasileiro quando quer aplicar golpe, e construir pirâmide, faz em qualquer lugar do mundo e melhor que os egípcios. Exemplo disso, supostamente, é o caso de Douver Braga, de 48 anos, que compareceu ao Tribunal Distrital dos Estados Unidos em Seattle após ser extraditado da Suíça.
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O brasileiro enfrenta uma acusação de 13 crimes de fraude eletrônica e conspiração relacionados a um esquema de investimento fraudulento em bitcoin. A informação foi divulgada pela Procuradora-Geral Interina dos EUA, Teal Luthy Miller.
Braga residiu na Flórida entre 2016 e 2021, operava um suposto esquema de investimento em criptomoedas. Contudo, como a esmagadora maioria, o termo Bitcoin era apenas um chamariz e operação com a criptomoeda era somente a realização de lucros para o bolso de Braga.
Na realidade, funcionava como um esquema Ponzi, onde o criminoso usa parte do dinheiro de novos entrantes para pagar os antigos. Além disso, ele enfrenta acusações de violar leis de marketing multinível.
A acusação foi formalizada por um grande júri em outubro de 2022, mas só foi revelada na última semana, após a prisão de Braga na Suíça. Durante sua primeira audiência nos EUA, ele declarou-se inocente, e o julgamento está para o dia 28 de abril de 2025, sob a presidência da juíza distrital Tana Lin.
A suposta pirâmide do brasileiro e Trade Coin Club
Segundo a acusação, Braga e seus cúmplices criaram uma plataforma chamada Trade Coin Club (TCC), com sede em Belize. A partir dela, passaram a atrair investidores ao redor do mundo.
Desde 2016, Braga prometia aos investidores altos retornos financeiros com base em um suposto software sofisticado que gerenciava operações de arbitragem no preço do bitcoin.
Braga também incentivava os investidores a recrutar novos participantes, garantindo que esses investidores ganhariam dinheiro tanto com o trading da plataforma quanto com o sistema de referência.
No entanto, a plataforma nunca existiu de fato, e os primeiros investidores foram pagos com o dinheiro de novos depositantes, caracterizando o modelo de operar do brasileiro um clássico esquema Ponzi, ou pirâmide.
Para promover o esquema, Braga viajou por diversos países, incluindo Tailândia, Nigéria e Macau em 2017, além de investir fortemente em vídeos e publicações nas redes sociais. Ele chegou a afirmar que a TCC possuía 126.000 membros em 231 países diferentes.
Prejuízo bilionário aos investidores
Por meio de falsas promessas e relatórios manipulados, Braga conseguiu atrair dezenas de milhares de investidores, que depositaram um total de 82.000 bitcoins na plataforma. Ou seja, um valor equivalente a aproximadamente US$ 290 milhões no momento dos investimentos.
Braga manteve a farsa por meio de um portal online onde os investidores supostamente podiam acompanhar a performance de seus ativos. No entanto, as movimentações exibidas eram fictícias e não havia nenhuma negociação real acontecendo nos bastidores.
Entre dezembro de 2016 e julho de 2019, Braga sacou e desviou pelo menos US$ 50 milhões em bitcoin para contas sob seu controle. Porém, no final de 2017 e início de 2018, investidores começaram a relatar dificuldades em acessar seus fundos.
Em janeiro de 2018, a TCC anunciou o encerramento de suas operações nos Estados Unidos e o cancelamento das contas de seus investidores. Muitas das vítimas estavam localizadas no estado de Washington.
Fraude Fiscal
Além da fraude financeira, Braga também é acusado de evasão fiscal, pois não declarou corretamente seus ganhos ao Internal Revenue Service (IRS), a Receita Federal dos EUA.
- 2017: Recebeu US$ 30,5 milhões em bitcoin, mas declarou apenas US$ 152.298 em renda.
- 2018: Recebeu US$ 13,1 milhões em bitcoin, mas declarou apenas US$ 73.473.
- 2019: Recebeu US$ 10 milhões em bitcoin, mas informou apenas US$ 72.870 em sua declaração.
O governo dos EUA argumenta que a falta de declaração correta de renda faz parte de um esforço deliberado para ocultar a origem dos fundos obtidos ilegalmente.
A investigação aconteceu por meio do FBI (Federal Bureau of Investigation) e pelo IRS Criminal Investigation (IRS-CI). Com colaboração da Divisão de Assuntos Internacionais do Departamento de Justiça dos EUA.
“O esquema que Braga operou não é novo. Ele apenas usou a ‘nova moda’ da tecnologia para disfarçar um golpe já bem conhecido. Enquanto as vítimas esperavam para recuperar seus investimentos, ele desviava milhões de dólares para seu uso pessoal”, disse o chefe do FBI em Seattle, W. Mike Herrington.
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