Pela segunda vez neste mês, uma empresa cripto que declarou falência no passado, começará a pagar seus credores. Além da Mt. Gox, corretora que se encaixa na frase anterior, agora a BlockFi também anunciou que irá fazer distribuições provisórias de criptomoedas aos credores.
Contudo, a empresa de empréstimos cripto entrou em falência em 2022, consideravelmente depois de Mt. Gox que faliu em 2014. O processo será através da Coinbase a partir deste mês, conforme anunciado pela empresa no Twitter e em um post no blog.
“As distribuições serão processadas em lotes nos próximos meses, e os clientes elegíveis receberão uma notificação no e-mail cadastrado na conta BlockFi”, escreveu a empresa na quarta-feira. “Observe que os clientes fora dos EUA não poderão receber fundos no momento devido aos requisitos regulatórios aplicáveis a eles.”
A notícia marca um avanço na trajetória de redenção da BlockFi, que começou desde a declaração de proteção contra falência do Capítulo 11 em novembro de 2022. A falência foi em meio ao colapso da corretora de criptomoedas FTX.
Relembre a trajetória da BlockFi
Mas nem sempre a empresa esteve no sufoco. Fundada em 2017 por Zac Prince e Flori Marquez, a BlockFi oferecia contas de juros de alto rendimento e empréstimos garantidos por criptomoedas. A empresa garantiu financiamento significativo, incluindo uma Série D de US$ 350 milhões em março de 2021, que a avaliou em US$ 3 bilhões.
Contudo, os problemas começaram a surgir em julho de 2021, quando vários estados dos EUA emitiram ordens de cessar e desistir contra a BlockFi. Entre as acusações, perduraram as de que suas contas de juros eram valores mobiliários sem registro.
Desse modo, em fevereiro de 2022, a empresa de criptomoedas fez um acordo com a SEC por US$ 100 milhões devido ao seu produto de empréstimo.
Finalmente, o golpe final veio em novembro de 2022, quando a FTX entrou em colapso. A BlockFi tinha uma exposição substancial à FTX e sua braço de negociação, Alameda Research, com mais de US$ 1,2 bilhão em ativos presos entre eles. Quando a FTX e a Alameda faliram, a BlockFi seguiu o mesmo caminho, citando problemas de liquidez.
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