O Bitcoin (BTC) é um ativo com programação para ser escasso, muitos já sabem disso, e a BlackRock já pressiona a demanda ao diminuir a oferta. Isso porque, já em sua criação em 2009, o código do Bitcoin definiu quanto será a recompensa dos mineradores por ajudar na segurança da rede.
A cada quatro anos o número reduz pela metade, no evento que chama-se halving. Com isso também define-se quantas unidades de moeda por dia irão existir. Serão 21 milhões, e apenas isso. Atualmente, após a redução pela metade em abril deste ano, a recompensa por bloco é de 3,1250.
A entrada de grandes instituições e empresas neste mercado, através dos ETFs à vista dos EUA, mudou bastante a regra do jogo oferta e demanda. A maior gestora do mundo com US$ 9 trilhões sob gestão, BlackRock, agora engole novas moedas.
Na última semana, a BlackRock observou uma entrada de US$ 346 milhões em Bitcoin, ou cerca de 5.261 Bitcoin, e somente 2.250 foram minerados. Além da BlackRock, os outros ETFs também viram grandes fluxos de entrada, conforme dados do Coinshares.
Cada vez menos Bitcoin
Vale dizer que os ETFS são produtos que as gestoras oferecem para exposição à vista na criptomoeda. Portanto, funciona basicamente quando os investidores compram cotas destes ETFs, e a gestora converte o dinheiro em Bitcoin. A aprovação dos produtos nos EUA, em janeiro deste ano, coincidiu com o halving, e muitos acreditam ainda não estar precificado.
Desse modo, o total de entradas nos produtos de investimento em Bitcoin foi de US$ 543 milhões. Trata-se do o maior fluxo em cinco semanas. A maior parte desses fluxos ocorreu na sexta-feira, após declarações de Jerome Powell que sugeriram possíveis cortes de juros.
O Bitcoin reagiu positivamente à semana, e avançou 8% nos últimos sete dias. Apesar do leve recuo nesta segunda-feira (26), a criptomoeda negocia em US$ 63.300.
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