O Bitcoin (BTC) apresentou um desempenho excepcional em maio de 2025 e, novamente, humilhou alguns índices do mercado financeiro tradicional. Cotado a R$ 597.490 ate esta sexta-feira (30), a criptomoeda acumulou uma alta de aproximadamente 12% no período de 30 dias, conforme dados do CoinMarketCap. No mesmo intervalo, a taxa CDI, principal referência para investimentos de renda fixa no Brasil, rendeu cerca de 1,05%, refletindo a Selic em 14,75% ao ano, segundo o Banco Central do Brasil.
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Com isso, o retorno do Bitcoin foi 1.047% superior ao CDI no mês. Ou, em outras palavras, rendeu cerca de 11,5 vezes o que pagou a taxa de referencia para aplicações tradicionais.
Volatilidade com recompensa potencial
A valorização recente tem relação com o crescimento da adoção institucional, regulação favorável e empresas que começaram a adotar Bitcoin em seus balanços.
Enquanto o CDI permanece uma escolha segura para investidores que priorizam estabilidade, o BTC atrai aqueles dispostos a enfrentar maior risco em busca de retornos expressivos.
Para ilustrar, um investidor que tivesse aplicado R$ 10 mil em Bitcoin no inicio de maio teria encerrado o mes com aproximadamente R$ 11.200. No mesmo periodo, o mesmo valor aplicado em um fundo que replica o CDI teria rendido cerca de R$ 105.
É por essa razão que especialistas têm defendido a inclusão de Bitcoin em carteiras diversificadas, com alocações moderadas, para capturar momentos de alta como o observado em maio. A criptomoeda é vista como um ativo complementar, capaz de potencializar retornos em períodos favoráveis.
Além disso, fundos de aposentadoria nos EUA agora também podem aplicar na criptomoeda. O que pode trazer ainda mais capital para dentro do ecossistema.
Cauê Oliveira, analista chefe do BlockTrends PRO, comenta que a faixa de suporte dos últimos dias funcionou novamente como um ponto estrutural para a tendência de consolidação atual do preço do Bitcoin.
“Com o preço segurando ali na região dos US$ 107 mil, continuamos nesse encaixotamento. O que não é ruim, dado que possui similares com os 3 movimentos anteriores desde abril que acabaram gerando um novo impulso de expansão”, disse.
Para ele, esse impulso agora dependerá das zonas de captura de liquidez, que neste momento estão posicionadas acima. “Isso pode gerar um movimento no topo do canal caso nada externo impacte negativamente”, finalizou.
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