O bloco gênesis do Bitcoin foi extraído há 16 anos, em 3 de janeiro de 2009, com uma recompensa de mineração de 50 BTC. Nesta sexta-feira, a criptomoeda completa 16 anos. Enquanto isso, o dólar é o irmão mais velho, e já tem 232 anos.
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A moeda soberana dos EUA surgiu como moeda oficial em 2 de abril de 1792, com a aprovação da Lei da Moeda (Coinage Act), assinada pelo então presidente George Washington. O ato do Congresso estabeleceu o dólar como a unidade monetária oficial do país e criou a Casa da Moeda dos Estados Unidos (U.S. Mint).
Enquanto isso, o Bitcoin surgiu após um grupo de pessoas, ou uma única pessoa, sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto, decidiu criar uma alternativa ao sistema financeiro tradicional depois de ver o colapso dela em 2008.
O primeiro bloco do Bitcoin tem em suas entranhas de código uma referência a uma matéria de jornal que dizia que o governo iria novamente imprimir mais dinheiro para resgatar os bancos da inadimplência.
O bloco contém o texto: “The Times 03/Jan/2009 Chancellor on brink of second bailout for banks”. É uma referência à manchete do jornal britânico The Times, publicada no mesmo dia.
Mudanças do dólar
O dólar, com 232 anos, já passou por inúmeras mudanças. Quem decide a quantidade em circulação é o Federal Reserve, Banco Central dos EUA, ou alguma entidade anterior como o U.S Mint, já que o Fed tem somente 111 anos.
Inicialmente lastreado em metais preciosos (ouro e prata), o dólar foi vinculado ao padrão-ouro em 1900. Em 1933, durante a Grande Depressão, o presidente Franklin D. Roosevelt desvinculou o dólar do ouro para circulação doméstica, mas manteve o padrão-ouro para transações internacionais.
Em 1944, com o Acordo de Bretton Woods, o dólar foi consolidado como a principal moeda de reserva internacional, lastreado em ouro a uma taxa fixa. Essa ligação foi rompida em 1971 pelo presidente Richard Nixon.
Essa foi a decisão que marcou o início da era do dólar fiduciário. Assim como o fim do lastro de todas as moedas de países. O fiduciário vem de fé, ou ainda, a fé na sociedade de que o governo vai manter o valor daquela moeda.
Por outro lado, de 2008 para cá, o Bitcoin não teve mudanças significativas. Não existe como emitir mais unidades da moeda digital. Seu fornecimento limite é de 21 milhões. E principalmente, não existe uma instituição central por trás.
Apesar disso, houveram sim mudanças. Os forks, ou ramificações. Contudo, os que chama-se hard forks, que dividem a blockchain em duas e criam uma nova criptomoeda a partir disso, não vingam.
Isso porque, essas ramificações ficaram até então majoritariamente à mercê do poder de rede e livre mercado. O Bitcoin Cash é um exemplo, copiaram o código e todo o histórico do Bitcoin, que é aberto, e dividiram para criar outra moeda “melhor”. Apesar de ainda existir, não pegou a mesma tração.
Quem confia em quem?
No que tange a confiança, o Bitcoin e o Dólar também diferem. Atualmente, em um sistema fiduciário a confiança do dólar vem no poder de um país, neste caso dos EUA. Ou ainda, do governo atuante em questão.
O Bitcoin não precisa de confiança. Isso porque, qualquer um pode agir como validador, ou até como inspetor do que acontece dentro de uma rede global e distribuída. Não existem manobras macroeconômicas de juros, porque a inflação do Bitcoin está sob controle por natureza, surge um novo bloco a cada 10 minutos mais ou menos (em tempo de blockchain).
Contudo, o dólar tem um sistema melhor para pagamentos, unidade de conta e transferência de valor. A moeda soberana dos EUA, virou soberana do mundo após os EUA aceitarem o fardo de agirem como “a polícia” do mundo. Realmente, o Bitcoin ainda perde para o dólar no que tange a um sistema de pagamento e unidade de conta. Mas não como reserva de valor.
Desde que o Federal Reserve surgiu, há 111 anos, o dólar perdeu 97% do seu poder de compra. O que mostra que o dólar poderia aprender política monetária com Satoshi Nakamoto. Portanto, existem algumas coisas que o Bitcoin poderia ensinar ao seu irmão mais velho. E vice-versa, já que o dólar se tornou a moeda global, e de aceitação mundial.
O fato é que com uma diferença de 216 anos, o Bitcoin é novo e tem potencial para mostrar bastante do que é capaz. Afinal de contas, a humanidade tem mais de 300 mil anos, e o capitalismo tem alguns séculos. Nesta comparação, os “dois irmãos”, seja o dólar ou o Bitcoin, ainda são bastante novos e afirmar saber qual é o certo pode ser a mais pura essência da arrogância humana.
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