A turnê “Renaissance World Tour”, da cantora Beyoncé, está no centro de uma polêmica em torno do índice de preços da Suécia no mês de maio.
Segundo analistas do Danske Bank, o evento colossal comandado pela cantora em Estocolmo, no último dia 10 de maio, teria colaborado para elevar os preços de itens como hospedagem, alimentação fora de casa e lazer.
Estes três pontos foram os que se destacaram no CPI, o “Consumer Price Index”, sueco. O índice apontou uma inflação de 9,7% em 12 meses, conta a expectativa do mercado de 9,4%.
Os analistas do Danske Bank apontaram ainda que eventos de grande relevância, como futebol, ou os shows de artistas, possuem históricos de impacto similares.
O fluxo de turistas para o país que sedia um evento deste tipo, em especial na Europa, um continente conhecido pela alta mobilidade entre os países (afinal, ir da Noruega e Dinamarca para a Suécia, toma o mesmo tempo de uma viagem Rio – São Paulo), provocam alterações de curto prazo nos preços.
Turnê bilionária
A apresentação da cantora em shows ao redor do planeta, deve arrecadar ao menos US$2,2 bilhões até setembro.
Em Estocolmo, onde a artista realizou duas apresentações, foram ao menos 46 mil pessoas no público. O Danske Bank estima que ⅓ destas pessoas seriam de fora do país. Isto ajudaria a a explicar, em parte, a alta de preços nos setores ligados ao turismo.
O Danske por sua vez, não “culpa” a artista pela inflação. Nesse sentido, o banco aponta que a inflação em países europeus, têm sido um problema desde o início de 2022. O conflito entre Rússia e Ucrânia acabou se tornando um dos pontos centrais. Em suma, o surto inflacionário na Europa ocorre em função da alta de preços de combustíveis e energia.
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