A Bernstein divulgou uma de suas famosas pesquisas de mercado sobre o Bitcoin. Conforme analistas compartilharam nas redes sociais, o livreto conta com 160 páginas. O conteúdo mostra por A mais B por que o Bitcoin (BTC) pode atingir a marca de US$ 200.000 até o final de 2025.
Além disso, a análise também aborda como as grandes mineradoras de Bitcoin continuarão a consolidar o setor. Nessa linha, a empresa traz novamente uma discussão bem quente do mercado. A adoção de estratégias híbridas com inteligência artificial (IA).
A previsão de US$ 200.000 por BTC até 2025 se baseia em uma combinação de fatores, entre eles o halving que aconteceu no início de 2024, o aumento da adoção institucional, e a crescente busca por alternativas de proteção contra a inflação em meio a incertezas econômicas globais.
Além disso, a Bernstein acredita que a indústria de mineração de Bitcoin, que está cada vez mais se consolidando, vai desempenhar um papel fundamental no suporte ao ecossistema, fornecendo mais estabilidade ao mercado e ampliando a escala das operações de mineração.
Um dos principais focos da análise da Bernstein é a integração da mineração de Bitcoin com a computação em nuvem voltada para inteligência artificial (IA). Algumas imagens no relatório, Matthew Sigel da VanEck compartilhou em sua rede social.
Nessas partes que agora são públicas, a Bernstein explica que espera-se que cerca de 20% da capacidade de mineração de Bitcoin nos EUA seja redirecionada para IA até 2027, liderada principalmente por pequenas e médias mineradoras.
Bernstein está bullish em mineração de Bitcoin
Segundo a projeção da Bernstein, o mercado de hardware de mineração deverá gerar cerca de US$ 20 bilhões em receita nos próximos cinco anos, com um crescimento significativo em períodos intercalados.
Em 2023, a receita foi de aproximadamente US$ 7 bilhões, enquanto em 2024 espera-se uma leve queda para US$ 5 bilhões, com recuperação gradativa a partir de 2025, quando o mercado alcançará US$ 6 bilhões.
Essa flutuação nas receitas pode estar associada à volatilidade do preço do Bitcoin, para Bernstein. Além da constante necessidade de atualização dos hardwares utilizados pelos mineradores, especialmente diante da crescente complexidade da mineração.
A previsão para 2029 é que a receita anual do setor atinja novamente a marca de US$ 5 bilhões, demonstrando uma estabilização no longo prazo. Além disso, o gráfico também destaca que novos players estão entrando no mercado de ASICs, tradicionalmente dominado por marcas como AntMiner, Whatsminer e AvalonMiner.
Esses novos entrantes, apoiados por grandes mineradoras de Bitcoin, incluem a SealMiner, que pertence à Bitdeer, a Auradine, que recebeu investimentos da Marathon Digital Holdings (MARA), e a Block, que já realizou seu primeiro pedido com a Core Scientific.
A entrada dessas novas empresas no mercado de ASICs sugere uma intensificação da concorrência e possivelmente novas inovações tecnológicas para a mineração de Bitcoin.
Em Q2 de 2024, as grandes consolidadoras de mineração de Bitcoin operavam com cerca de 2,3 GW de potência, mostra Bernstein. Enquanto as pequenas e médias mineradoras somavam 1,5 GW e os players híbridos (Bitcoin + IA) tinham 1,4 GW.
Até 2025, a alocação de potência para IA ainda será relativamente baixa, com as grandes mineradoras dedicando 12% de sua capacidade para IA até 2027. Enquanto players menores e híbridos estarão mais inclinados a alocar uma parte significativa de suas operações para IA (27% e 21%, respectivamente).
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