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Balanço do Fed ainda está 75% acima dos níveis pré-pandemia, 5 anos depois

A existência de trilhões de dólares ainda em ativos na carteira do Fed impede um retorno mais rápido à normalidade.

Cinco anos após o início da pandemia de COVID-19, o balanço do Federal Reserve, Fed, permanece extraordinariamente alto. Mesmo após a adoção do Quantitative Tightening (QT), política de redução de liquidez implementada desde 2022.

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Segundo dados que o próprio Fed divulgou nesta quinta-feira (12), o montante total de ativos no balanço da instituição ainda gira em torno de US$ 7,1 trilhões, mais de 75% acima dos níveis pré-pandêmicos, que estavam na casa dos US$ 4 trilhões em março de 2020.

A lentidão do processo evidencia o desafio que os bancos centrais enfrentam para normalizar a política monetária após uma fase de estímulo sem precedentes.

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Ainda que o Fed tenha elevado os juros para conter a inflação, o volume de ativos que injetou nos mercados segue pressionando variáveis macroeconômicas fundamentais. Especialmente preços, crédito e expectativas de longo prazo.

O balanço que não encolhe: por que o QT é tão lento?

Durante o auge da pandemia, o Federal Reserve comprou massivamente Títulos do Tesouro e títulos hipotecários (MBS), além de reativar operações compromissadas (Repos) para manter os mercados líquidos.

O balanço da instituição saltou de US$ 4,1 trilhões para um pico de US$ 8,9 trilhões em apenas dois anos, mais que o dobro do tamanho anterior.

A partir de 2022, com a inflação saindo do controle, o Fed iniciou o chamado QT (Quantitative Tightening): um processo passivo de redução, deixando de reinvestir os ativos que vencem.

No entanto, como esses vencimentos ocorrem em datas espaçadas e com limitações contratuais (especialmente no caso dos MBS), o encolhimento é gradual demais para reverter rapidamente os efeitos do afrouxamento monetário anterior.

Pressões inflacionárias e o papel do balanço

A inflação anual dos EUA tenha desacelerado em relação aos picos de 2022. Contudo, permanece acima da meta de 2%, segundo o Bureau of Labor Statistics. Parte dessa persistência se explica não apenas pelos juros mas também pela quantidade de liquidez ainda presente no sistema financeiro, facilitada por esse balanço inflado.

A existência de trilhões de dólares ainda em ativos na carteira do Fed impede um retorno mais rápido à normalidade. Desse modo, mantendo os mercados altamente dependentes da sinalização da autoridade monetária.

Investidores, por sua vez, continuam precificando que qualquer queda forte nos mercados pode levar o Fed a voltar a expandir o balanço. Em um ciclo vicioso de estímulo e dependência.

Bitcoin e o contraste da escassez programada

Em meio a esse cenário de liquidez estrutural e lentidão no aperto monetário, o Bitcoin surge novamente como símbolo da escassez absoluta.

Seu fornecimento limitado a 21 milhões de unidades, com emissão já acima de 93%, contrasta diretamente com a elasticidade do balanço dos bancos centrais.

A narrativa da escassez ganhou novo fôlego com a revalorização do BTC nos últimos 12 meses. Impulsionada por ETFs spot, entrada institucional e desconfiança crescente em relação à política fiscal e monetária dos EUA.

Mesmo após três anos de QT, o Fed segue com um balanço significativamente maior do que em qualquer outro momento pré-pandemia. Portanto, um sinal claro de que a reversão da liquidez não é simétrica em relação à sua expansão.

O Bitcoin, neste contexto, não é apenas um ativo digital. Mas um lembrete matemático de que escassez, previsibilidade e neutralidade ainda têm valor em um mundo regido por decisões discricionárias.

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