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A B3 começou a oferecer nesta quarta-feira (17) negociação de contrato futuro de Bitcoin (BIT). O evento marca mais um passo do mercado tradicional brasileiro rumo ao mercado de criptomoedas. O horário de negociação será das 9h às 18h30.
Contratos no mercado futuro é uma ferramenta para que os investidores se protegerem contra futuras oscilações de preço de um ativo. Como por exemplo, uma moeda, uma ação, um índice, uma commodity agrícola ou a taxa de juros.
Eles podem ser utilizados como instrumentos de hedge, protegendo os negócios (como os agrícolas no caso de commodities) do impacto da flutuação dos preços, ou em estratégias buscando lucro, por meio do giro e especulação de curto prazo.
Portanto, a B3 vende o produto como “mais uma oportunidade para o investidor incluir em sua carteira exposição a criptomoedas”. Além disso, executar estratégias de proteção contra a variação de preços.
O futuro utiliza o índice Nasdaq Bitcoin Reference Price Index (NQBTC) como referência. O valor de um contrato será o equivalente a 0,1 bitcoin, ou seja, 10% do valor da criptomoeda em reais. Já o vencimento dos contratos será mensal.
Nesse tipo de contrato, a liquidação será exclusivamente financeira, ou seja, não há compra e venda de criptomoedas. Os resultados financeiros das negociações ocorrem sobre a variação de preço do Bitcoin.
O contrato conta, desde o lançamento, com formadores de mercado. Ou seja, agentes que negociam o produto e ajudam a trazer liquidez e confiabilidade para a formação de preços.Até o momento, a B3 já possui 14 ETFs e BDRs de ETFs relacionados ao mercado de criptomoedas disponíveis para negociação dos investidores.
“Produtos ligados a criptomoedas vem sendo procurados pelos investidores. Estamos comprometidos em atender essa demanda do mercado e expandir nossa oferta de produtos. Assim, permitindo diversificação de estratégias para todos os clientes, incluindo pessoas físicas”, afirma Marcos Skistymas, diretor de Produtos Listados da B3.
No mercado futuro, o investidor se compromete a comprar ou vender um determinado tipo de ativo em uma data futura com um preço pré-determinado, de acordo com seu perfil de risco e estratégia.
Para negociar o futuro de bitcoin, os investidores de varejo precisam depositar na corretora uma margem mínima de R$ 100 por contrato. A margem serve para garantir o pagamento em caso de liquidação, ou de exercício do contrato.
Os investidores que mantiverem posições nos contratos, ou seja, que não zerarem suas posições até o final do pregão, deverão depositar o equivalente a 50% do valor do contrato. O depósito da margem de garantia é um mecanismo usado para assegurar que ambas as pontas da operação cumpram com a obrigação financeira.
Outra característica do mercado futuro é o pagamento de ajustes diários. O ajuste é feito de acordo com a oscilação do preço do contrato durante o pregão. Isso significa que os contratos vão sofrer, todos os dias, ajustes em seu valor até o dia do seu vencimento.
O vencimento do contrato ocorre sempre na última sexta-feira do mês, o que permite que o investidor possa montar estratégias com prazos diferentes sobre o mesmo ativo.
A B3 no mercado de cripto
Ao contrário dos contratos futuros em Bitcoin, os produtos de investimento em criptoativos não são novidades na B3. Desde abril de 2021, a B3 passou a oferecer produtos ligados a ativos digitais.
Hoje, já são 13 ETFs de criptoativos (HASH11, QBTC11, BITH11, BITI11, QETH11, ETHE11, QDFI11, DEFI11, WEB311, NFTS11, CRPT11, META11, BLOK11) e um BDR de ETF (IBIT39), que buscam acompanhar o preço do Bitcoin.
Em março, o volume negociado nestes produtos, somado, foi de R＄ 98 milhões por dia. Juntos, eles acumulam patrimônio líquido de R＄ 4,8 bilhões e 183 mil investidores.
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