Há algumas semanas, a rede Solana enfrenta uma queda acentuada em sua atividade na rede, no preço dos tokens e em transações onchain. Curiosamente ou não, os fenômenos coincidem com o auge e o declínio do interesse por memecoins nas plataformas da Solana.
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Portanto, isso levantou questões sobre o impacto dessas moedas memes na saúde geral do ecossistema Solana. Muitos se perguntam: as memecoins estão “matando” a rede?
Em 19 de janeiro de 2025, o SOL atingiu seu pico histórico de US$ 295,00. No entanto, desde então, o token tem apresentado uma tendência de queda. Dados recentes indicam que o preço atual do SOL é de US$ 172,04, representando uma queda de aproximadamente 41,7% em relação ao seu máximo histórico.
Na última semana, a SOL sofreu uma desvalorização de 14,42%, e no último mês, a redução foi de 32,87%. Apesar dessas quedas recentes, no acumulado anual, o SOL apresenta uma valorização de 53,40%.
Paralelamente à desvalorização do SOL, a atividade on-chain na rede Solana também tem diminuído. Segundo dados do DefiLlama, na segunda metade de janeiro, o volume semanal em exchanges disparou.
Na Raydium, exchange da Solana, o recorde de volume diário foi de US$ 13,1 bilhões no dia 18 de janeiro. Contudo, nesta terça-feira (18), o volume diário da Raydium ficou em US$ 851 milhões, e nos últimos dias as média de volume diário é de cerca de US$ 1 bilhão.
Portanto, é nesse ponto que entra a dúvida dos investidores. O recorde aconteceu principalmente pelo frenesi em torno da memecoin “Official Trump” (TRUMP). A memecoin do Trump foi justamente lançada no dia 17 de janeiro, um dia antes do pico de volume diário na exchange da Raydium. Além dele, diversas outras memecoins tomaram a rede por meio de apostas especulativas e influenciadores e políticos que lançaram suas próprias moedas.
Análise de transações
Além disso, a métrica de volume de transações na Solana atingiu um pico significativo no final de janeiro, ultrapassando US$ 12 bilhões transacionados em um único dia.
No entanto, o volume começou a cair em fevereiro, atualmente oscilando entre US$ 5 e US$ 7 bilhões por dia. O número total de transações diárias também diminuiu, saindo do pico de 80 milhões de transações para cerca de 50 milhões.
A queda no volume de transações em exchanges sugere um declínio na atividade especulativa impulsionada pelas memecoins. A volatilidade extrema observada nas últimas semanas pode ter levado investidores a abandonar a rede. Ao remover o barulho, entretanto, pode ser possível focar nas aplicações reais.
Especialistas argumentam que o capital especulativo é importante para atrair atenção. Contudo, também mostra bastante como a comunidade enxerga aquela rede blockchain. Na Solana, existem muitos protocolos de yield farming, e de maximizar yield de tokens provenientes de staking líquido.
Contudo, plataformas como pump.fun, que facilitam a criação de memecoins e promovem em sua maioria histórias bizarras de golpe, são as que mais chamaram a atenção nos últimos meses.
Desse modo, pode ser correto afirmar que as memecoins desempenharam um papel duplo na trajetória recente da Solana. Inicialmente, elas atraíram um grande número de usuários e transações para a rede, inflando os volumes de negociação e as taxas geradas.
No entanto, grande parte dessa atividade foi atribuída a bots e negociações inorgânicas, especialmente em exchanges descentralizadas (DEXs) como a Raydium e Jupiter. Com o declínio do interesse nas memecoins, a atividade na rede diminuiu.
A recente volatilidade associada às memecoins destaca para alguns de dentro da comunidade a necessidade de uma base de usuários mais estável e de casos de uso sustentáveis para a Solana.
Embora as memecoins tenham proporcionado um aumento temporário na atividade, elas também expuseram vulnerabilidades na rede. Especialmente relacionadas à atividade inorgânica e manipulação de mercado.
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