A Argentina, na terça-feira (24), tornou-se o país com a taxa de juros mais alta do mundo, superando o que liderava a posição, o Zimbábue. Nesse sentido, o Zimbábue, que ocupava o primeiro lugar, decidiu reduzir sua taxa de juros de 150% ao ano para 130% ao ano. Com essa mudança, a taxa de juros da Argentina, que é de 133% ao ano, passou a ser a mais alta globalmente.
Apesar da redução na taxa de juros, o Zimbábue continua sendo o país com a inflação mais alta do mundo, registrando 340% ao ano, conforme os dados mais recentes de setembro. A decisão de diminuir a taxa de juros veio com o objetivo de impulsionar a economia do país.
John Mangudya, governador do Banco Central do Zimbábue, destacou os riscos significativos para a estabilidade econômica do país. Isso devido a fatores como políticas monetárias restritivas e baixos preços internacionais de commodities.
Por outro lado, a Argentina decidiu aumentar sua taxa de juros de 118% ao ano para 133% ao ano em 12 de outubro. A inflação argentina está em 138% ao ano, segundo os números de setembro.
Após Argentina e Zimbábue, a Venezuela ocupa o terceiro lugar no ranking de países com as taxas de juros mais altas, com uma taxa de 55,27% ao ano.
Eleições na Argentina
Ademais, o contexto político traz a Argentina para o cenário do segundo turno de suas eleições presidenciais, que acontecerá em 19 de outubro. Os candidatos são o atual ministro da Economia, Sérgio Massa, e o ultraliberal Javier Milei.
Entre diversas medidas, já anunciadas por Massa, foi a redução para zero dos impostos para 99% da população e o barateamento do transporte público em Buenos Aires. Por outro lado, o ultraliberal Milei tem como ideais o fim do Banco Central, e a dolarização da Argentina como forma de resolução econômica.
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