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Blockchain

Após lucrar 225 vezes mais que a maior gestora do mundo, empresa vai vender modelo de negócio para governos

A empresa vai ofertar o serviço que domina, a tokenização. Que inclui o movimento de colocar ativos reais em blockchain.

Existe uma empresa que neste ano já lucrou 225 vezes mais que a BlackRock, a maior gestora do mundo com mais de US$ 9 trilhões sob gestão. Ao contrário das teses de Warren Buffet, a empresa não é de setores de energia ou saúde, mas sim de blockchain e critomoedas. Hoje, a mesma empresa mostra sua vontade de lucrar mais, e anunciou que vai começar a ofertar uma plataforma, onde vai oferecer o seu seu modelo de negócios para instituições e até governos.

A empresa em questão é a Tether, e o modelo de negócio inicial é a emissão de stablecoins, criptomoedas com paridade à ativos estáveis do mundo físico como o dólar. Na emissão primária, a empresa recebe aporte de capital de alguém que queira emitir esse ativo em uma rede blockchain, seja para enviar remessas ou para trade.

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Após isso, ela guarda esse capital, e emite a quantidade em blockchain, para enviar à pessoa que solicitou. O pulo do gato é que para não deixar todo capital parado, a empresa compra títulos de dívida norte-americana.

Contudo, o rendimento daquele título, ou de qualquer outro que a Tether compre, não precisa e nem é repassado para os detentores das stablecoins. O objetivo das stablecoins é de, justamente serem pareadas 1:1 com o ativo subjacente. Fora questões regulatórias que poderiam complicar esse repasse de juros.

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O tamanho da Tether

Hoje, o valor de mercado de todas as stablecoins que circulam em blockchain é de US$ 126,6 bilhões. Recentemente, a Tether revelou em seu relatório financeiro do segundo trimestre de 2024 que o lucro líquido da empresa no primeiro semestre deste ano atingiu um recorde histórico de US$ 5,2 bilhões.

No segundo trimestre de 2024, abril a junho, a empresa alcançou um lucro líquido de US$ 1,3 bilhão. Estabelecendo um novo recorde histórico. A receita da Tether em 2023 foi de US$ 6,2 bilhões, superando a receita anual de US$ 5,5 bilhões da BlackRock, uma das principais empresas de investimento globais.

Contudo, a parte mais interessante é que o lucro por funcionário da Tether é 225 vezes maior que o da BlackRock.

Isso acontece porque a BlackRock tem 20.000 funcionários, enquanto a Tether tem apenas 100 funcionários. Ou seja, o lucro per capita da BlackRock é de US$ 275 mil. Enquanto que o da Tether é de US$ 62 milhões. Um valor 225 vezes maior que a gestora trilionária.

Atualmente, a Tether tem mais títulos de dívidas norte-americana que países como a Alemanha. O BlockTrends já trouxe Paolo Ardoino, CEO da Tether, em um dos episódios do Block Insider Podcast onde ele contou mais sobre sua trajetória.

No episódio, ao responder sobre planos de abrir o capital (IPO) da empresa o CEO acha graça. Segundo Ardoino, não há necessidade de captar dinheiro de fora no momento. Além disso, o CEO de origem italiana cita o exemplo da Ferrero Rocher, a maior empresa da Itália que optou por nunca abrir seu capital. Hoje, a Tether expande o seu modelo de negócio para outros setores como inteligência artificial, mineração de Bitcoin, tecnologia e ativos do mundo real (RWA).

Empresa quer lucrar mais

Nesta quinta-feira (14), a empresa anunciou o lançamento da Hadron, uma nova plataforma desenvolvida para simplificar a tokenização de diversos ativos, incluindo ações, títulos, stablecoins, pontos de fidelidade, entre outros. Em outras palavras, a empresa vai ofertar o serviço que domina, a tokenização. Que inclui o movimento de colocar ativos reais em blockchain.

Segundo o comunicado, entre as funcionalidades, a plataforma destaca-se pelo conjunto abrangente de ferramentas para conformidade regulatória, incluindo KYC (Conheça Seu Cliente), AML (Anti-Lavagem de Dinheiro), Know-Your-Transaction.

“A plataforma também vai gerenciar de riscos e monitoramento de ecossistemas de mercado secundário, desde blockchains até exchanges centralizadas. Além disso, os clientes têm controle total sobre seus tokens, garantindo autonomia e segurança”, afirma o comunicado.

Por fim, além de lucrar com isso, a empresa enxerga que essas inovações oferecem uma nova gama de ferramentas para governos e corporações. Desse modo, desbloqueando alternativas para financiamento e oportunidades nos mercados de capitais.

“Acreditamos que a Hadron by Tether vai transformar a indústria financeira. Ao aproveitar toda a tecnologia da Tether, que hoje já protege 125 bilhões de dólares, estamos tornando a tokenização de ativos mais fácil, segura e escalável”, disse Ardoino.

“Nosso objetivo é criar novas oportunidades para empresas e governos, além de tornar o espaço dos ativos digitais mais acessível e transparente. Enquanto as instituições financeiras tradicionais sempre defenderam ecossistemas fechados e opacos para os cidadãos, a Hadron by Tether reforça nosso compromisso em construir um futuro mais inclusivo.”

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