Após sua namorada publicar fotos com localização no Instagram, Pavel Durov, cofundador e CEO do Telegram, foi preso na França neste final de semana. Após isso, diversas memecoins surgiram, com a temática de protesto a favor da liberdade do CEO do Telegram, e dispararam até 73.000%.
A prisão do programador são-cristovense e francês de origem russa aconteceu após ele chegar de seu voo particular vindo do Azerbaijão. Assim que Durov pisou no aeroporto de Le Bourget, nos arredores de Paris, a polícia esperava por ele no local.
Reações de memecoins do Telegram
No primeiro momento, a criptomoeda nativa da blockchain The Open Network, ou TON, despencou mais de 15% após a notícia. A notícia impactou o ativo, visto que o blockchain tem integração direta com o aplicativo de mensagens Telegram. No momento, a TON recua mais de 17% nos último dias, a US$ 5,6.
Apesar disso, outras memecoins que protestam contra a prisão do CEO dispararam. A Pavel, também da rede TON, disparou 73.005,96%. Atualmente, o valor de mercado da criptomoeda é de US$ 1,1 milhão, segundo dados do DexScreener.
Entre as outras memecoins de resistência, estão a FreePavel, também na rede TON, que decolou 12.548,52%. Seguida pela FreeDuro, que registrou um aumento de 10.271,29%. Por fim, a FreeDurov, que subiu 10.027,65%.
Além disso, outros personagens e ecossistemas da Web3 também acharam um meiod e protestarem. Por exemplo, o Hamster Kombat, jogo do Telegram de criptomoedas, divulgou um novo “card”, com nome de “Free Durov”. O card não dá atributo algum ao jogador, mas é uma maneira dos mais de 300 mil usuários do jogo mostrarem que se importam.
Empreendedores reagem à prisão de CEO do Telegram
O fundador da TRON, Justin Sun, se comprometeu a doar US$ 1 milhão para qualquer Organização Autônoma Descentralizada (DAO) que defendesse a libertação do fundador do Telegram. Sun publicou no X, antigo Twitter, sua insatisfação com o acontecimento no último domingo (25).
“Devemos mostrar a unidade da indústria de criptomoedas organizando um #FreePavel DAO para ajudar o fundador do Telegram, Pavel Durov, a obter legalmente sua liberdade. Doarei US$ 1 milhão se isso for criado de maneira descentralizada com o apoio suficiente da comunidade.”
Ademais, por falar na rede social, o próprio Elon Musk também manifestou-se contra a prisão de Durov. Elon Musk foi um dos primeiros a expressar apoio. O bilionário usou a hashtag “#FreePavel”.
Prisão do CEO do Telegram ainda é incerta
Segundo informações do jornal The Guardian, as autoridades prolongaram a detenção de Durov além da noite de domingo pelo magistrado responsável pelo caso. De acordo com a legislação local, ele pode ser mantido sob custódia para interrogatório por até 96 horas.
Ao término desse período de detenção, o juiz pode decidir liberá-lo, formalizar as acusações ou mantê-lo preso por mais tempo.
A prisão de Durov foi realizada pelo Escritório Nacional de Combate à Fraude da França, que o deteve por diversas acusações relacionadas a supostas condutas ilegais de usuários do Telegram, que a plataforma teria se recusado a moderar.
Em resposta à situação, o Telegram declarou que “o CEO Pavel Durov não tem nada a esconder e viaja frequentemente pela Europa”. A empresa também considerou absurdo responsabilizar a plataforma ou seu proprietário pelo uso indevido do serviço por alguns de seus usuários.
A empresa enfatizou que quase um bilhão de usuários ao redor do mundo usam regularmente o Telegram como meio de comunicação e fonte vital de informação.
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