O famoso apresentador de televisão, comentador e analista político conservador norte-americano, Tucker Carlson, divulgou nesta quinta-feira (6) uma entrevista com o principal motivo do último “inverno cripto”: o ex-CEO da FTX, Sam Bankman-fried.
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Contudo, quando se tem em mente que, Bankman-Fried é o precursor de um dos maiores casos de fraudes recentes na indústria de cripto, as perguntas que Carlson fez foram no mínimo bizarras. Desde seu colega de cela, o rapper P.Diddy até se o ex-CEO usava Aderral, o resumo da bizarra entrevista de Sam Bankman-Fried é estarrecedor.
A conversa foi remota, e Bankman-Fried compareceu diretamente da prisão em Brooklyn, onde cumpre sua pena. Entre relatos sobre sua rotina na cadeia, a relação com seu colega de cela, o rapper P. Diddy, e o impacto de suas doações políticas, Bankman-Fried ofereceu um depoimento bastante frio para quem foi o epicentro de uma enorme crise.
“Estou preso há dois anos”
A entrevista com Sam Bankman-Fried começou com uma pergunta direta de Carlson sobre o paradeiro de Bankman-Fried.
“Estou no MDC Brooklyn, em uma pequena sala lateral. Estou preso há cerca de dois anos. É, de certa forma, distópico, mas, felizmente, não estou em perigo físico. Alguns funcionários tentam ajudar dentro do que é possível, mas ninguém quer estar preso”, disse em respota.
Bankman-Fried descreveu a rotina no presídio como brutal e desmoralizante. Contudo, o adjetivo que mais causou curiosidade aos ouvintes foi “distópico”. Foi com este pé na porta que a entrevista realmente começou.
Adderall e a hiperatividade no comando da FTX
Em determinado momento da conversa, Carlson confrontou Sam Bankman-Fried sobre a impressão de que ele parecia estar sempre sob o efeito de Adderall durante entrevistas quando era CEO da FTX.
“Você parecia estar voando alto no Adderall todas as vezes que te vi na TV. Você estava?”
O ex-bilionário negou o uso da substância, mas admitiu que sua mente estava constantemente sobrecarregada. “Não, eu não estava. Mas minha mente estava a mil porque havia bilhões de coisas para acompanhar. Eu dava entrevistas enquanto resolvia problemas da empresa pelo Slack e já me preparava mentalmente para outra reunião logo depois”, retrucou.
P. Diddy como colega de cela
Outro momento bizarro da entrevista aconteceu quando Carlson mencionou rumores de que Bankman-Fried dividia cela com o rapper P. Diddy. O ex-CEO confirmou a informação.
“Sim, ele está aqui comigo. Ele tem sido gentil comigo e com as outras pessoas da unidade.” Quando questionado sobre a convivência com outros detentos, Bankman-Fried revelou que ex-membros de gangues surpreenderam-no com suas habilidades intelectuais.
“Muitos são muito bons em xadrez. Eu perco para eles o tempo todo. Não esperava isso.” Neste ponto da entrevista muitos já desistiram de entender o que levouy o ex-CEO a desviar fortunas da exchange FTX para sua empresa-irmã de gestão Alameda Research.
Política e “traição” do Partido Democrata
Tucker Carlson trouxe à tona um dos pontos, sem hipérbole, mais polêmicos da trajetória de Bankman-Fried: suas generosas doações políticas.
O ex-CEO da FTX injetou milhões de dólares no Partido Democrata e em campanhas de reguladores financeiros, levando Carlson a questionar se ele esperava ser protegido do colapso da FTX.
“Você doou milhões para os democratas. Pensei que iriam te resgatar no fim. Onde estavam seus amigos do Partido Democrata?”, questionou o apresentador.
Bankman-Fried respondeu que, apesar de ter começado como um grande apoiador de Biden em 2020, passou a fazer doações igualmente para republicanos a partir de 2022 – algo que, segundo ele, se tornou público no pior momento, logo antes da queda da FTX.
“Muitas pessoas em Washington simplesmente correram na outra direção quando tudo começou a ruir. Antes do colapso, já estava doando para republicanos de maneira privada, na mesma proporção que doava para democratas. Isso começou a ser notado exatamente quando a FTX quebrou”, respondeu o ex-CEO.
Ele também criticou duramente o regulador financeiro Gary Gensler, presidente da SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA), chamando-o de um dos maiores entraves para o setor cripto. Esse trecho dispensa qualquer tipo de comentário.
“Gensler tornou impossível para qualquer empresa de cripto operar nos EUA. Se você tentava se registrar, a SEC não sabia nem dizer sob qual categoria.”
“Acredito no altruísmo”
Por fim, para finalizar com chave de ouro, outro ponto bastante bizarro e até amedrontador foi quando Carlson perguntou se Bankman-Fried ainda acreditava no conceito de “altruísmo eficaz”. Anteriormente, quando não enfrentava problemas na justiça, ele dizia que sua guiava sua ascensão, e que supostamente acumulava riquezas para “fazer o bem ao maior número de pessoas”.
“Acredito nos princípios, mas falhei terrivelmente na execução. O que aconteceu com a FTX foi um desastre colossal, e a maior dor da minha vida foi não conseguir evitar essa tragédia”, disse.
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