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Investimentos

Ações de empresas de tecnologia sofrem maior short dos últimos 5 anos

Em meio à forte correção nas últimas semanas, as empresas de tecnologia passaram de papéis favoritos para verdadeiros vilões da carteira. Nessa semana, o Goldman Sachs estimou que o setor vem sofrendo o maior short por hedge funds dos últimos 5 anos. Após a última enxurrada de relatórios 13F, formulários preenchidos por investidores institucionais junto […]

Em meio à forte correção nas últimas semanas, as empresas de tecnologia passaram de papéis favoritos para verdadeiros vilões da carteira. Nessa semana, o Goldman Sachs estimou que o setor vem sofrendo o maior short por hedge funds dos últimos 5 anos.

Após a última enxurrada de relatórios 13F, formulários preenchidos por investidores institucionais junto à Securities and Exchange Commission (SEC), ficou evidente que os hedge funds estão pulando fora das ações Tech no mercado americano.

Segundo levantamento da Bloomberg, hedge funds notáveis descartaram parte ou toda a sua exposição ao mercado de tecnologia e vem alocando capital em setores mais suscetíveis à reflação, como fintechs e energia. O desinvestimento ocorre em meio à forte correção protagonizada pelas Techs nos Estados Unidos.

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Maio, por exemplo, vem acumulando o maior volume de shorts de empresas de tecnologia por hedge funds dos últimos cinco anos, de acordo com a corretora para clientes Prime do Goldman Sachs. Os “shorts” ocorrem quando investidores apostam na queda do preço de determinado papel.

Reflação

Desde o começo da crise do coronavírus, Bancos Centrais ao redor do globo tem acelerado a emissão de moeda como forma de mitigar os efeitos da pandemia. A reflação ocorre quando governos ampliam a oferta monetária ou reduzem tributos para aumentar a chamada demanda agregada. 

Como essa moeda recém emitida é pulverizada de forma assimétrica na economia, investidores procuram comprar ações de empresas que se beneficiam com o rápido aumento de preços no curto prazo. Essa captura de reflação costuma ser protagonizada por investidores institucionais que buscam se proteger do aumento generalizado de preços.

A reflação, diferente da inflação, é considerada por economistas como tolerável em um momento de grave depressão econômica. Na prática, reflação e inflação acabam sendo sinônimos, dada a dificuldade técnica de capturar diferenças setoriais em meio a ampliação generalizada de preços.

Nesse contexto, empresas com cadeias de produção pouco afetadas pela pandemia e mais dependentes de commodities costumam capturar reflação com antecedência. Os bancos e fintechs também fazem parte da primeira turma a se beneficiar com emissões de moeda no curto prazo, já que, pela característica da expansão monetária, o dinheiro novo precisa ser pulverizado através do sistema financeiro.

À medida que empresas sofrem reflação de forma assimétrica, o mercado acionário logo é afetado e oportunidades de investimento se concretizam para investidores institucionais.

Hedge Funds

A Coatue Management, do investidor lendário Phillippe Laffont, é um dos hedge funds que se destaca na tentativa de capturar reflação reduzindo sua exposição às ações de tecnologia.

Quem também engrossou o caldo foi a Third Point e a Soroban Capital Partners que, assim como a Coatue Management, zeraram posições compradas do Alibaba Group. O sell-off ações vem na esteira da ampliação da repressão chinesa ao setor de tecnologia, que vem afetando a gigante do e-commerce.


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