A Amazon, gigante de tecnologia de US$ 2,3 trilhões, pode estar a um passo de adotar a estratégia de alocar Bitcoin em reserva estratégicas, assim como faz a MicroStrategy de Michael Saylor. Um grupo de acionistas, sob liderança do National Center for Public Policy Research (NCPPR), apresentou uma proposta que pede que a empresa diversifique seus ativos de tesouraria alocando pelo menos 5% de suas reservas em Bitcoin.
A proposta visa proteger os US$ 88 bilhões da Amazon em caixa e ativos de curto prazo contra os impactos da inflação. Enquanto que, ao mesmo tempo, exploram o potencial de valorização do ativo digital. Os acionistas destacaram que o Índice de Preços ao Consumidor (CPI), frequentemente usado para medir a inflação, subestima os números reais, que podem ser até duas vezes mais altos.
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Diante disso, o dinheiro em caixa está perdendo poder de compra, enquanto os rendimentos de títulos corporativos não acompanham a inflação. Nesse contexto, o Bitcoin surge como uma alternativa mais resiliente. Nos últimos 12 meses, a criptomoeda apresentou uma valorização de 131%, superando o desempenho médio dos títulos corporativos em 126%.
Embora reconheçam a volatilidade do Bitcoin, os acionistas argumentam que ações da própria Amazon também enfrentaram oscilações significativas ao longo de sua história. O que não impediu a maximização de valor para os investidores.
A proposta sugere que mesmo uma alocação modesta de 5% em Bitcoin poderia fortalecer a proteção contra a inflação e diversificar os ativos do balanço patrimonial da Amazon, sem expor a empresa a riscos excessivos.
“Os acionistas solicitam que o Conselho avalie se adicionar Bitcoin à tesouraria da Companhia está alinhado com os melhores interesses de longo prazo dos acionistas”, afirmou o grupo.
Microsoft também vota sobre assunto amanhã
Não é só a Amazon das FANG (as quatro gigantes de tecnologia dos EUA) que estuda entrar na estratégia de alocação de Bitcoin. A Microsoft também está em conversa com Michael Saylor, o pioneiro por trás deste movimento. O fundador da MicroStrategy, que compra Bitcoin desde 2020 e é a maior empresa pública detentora do ativo, já deu algumas palestras sobre o tema aos executivos da Microsoft.
Inclusive, a votação da assembleia acontecerá nesta terça-feira (10). Contudo, especialistas dizem que no primeiro momento pode ser difícil da proposta passar. A Microsoft incluiu a compra de Bitcoin em sua pauta de votação para a próxima reunião de acionistas no mês passado.
Desse modo, a pauta “Assessment of Investing in Bitcoin” (Avaliação de Investimentos em Bitcoin) é escancarada no arquivamento enviado à SEC. Entretanto, o conselho da empresa recomenda que os acionistas votem contra a proposta. É possível ver nas imagens dos itens de votação.
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