Eles somam 295 mil, ou 1 em cada 21 mil pessoas no mundo, e juntos controlam $35 trilhões de dólares, ou $1 em cada $11 de riqueza no planeta.
São indivíduos que possuem um patrimônio superior a $30 milhões, bem distantes dos milionários (que somam 56 milhões de pessoas, ou 1 em cada 140 pessoas no mundo), mas ainda longe dos bilionários, um grupo de 2500 pessoas.
Ao contrário do mito comum, porém, uma pequena fração dos ultra-ricos têm na herança sua fonte de riqueza. Cerca de 7,4% herdaram sua fortuna, contra 20,1% que herdaram alguma grana e então multiplicaram seu patrimônio. O restante, 72,5% viu sua fortuna sair do zero, ou bastante próximo disso.
A tese do Credit é controversa, claro, afinal você poderia dizer que Jeff Bezos, um dos que estão na categoria de “self-made”, recebeu $250 mil em investimentos dos seus pais.
Se Jeff criou uma empresa que vale $1,6 trilhão por ter pais com alguma poupança é algo questionável, mas outros tantos exemplos vão além da dicotomia entre herança e self-made.
Boa educação (estudar em Harvard, por exemplo), ou ter contatos (como a mãe de Bill Gates que o colocou em contato com a IBM), não são qualificados como herança, mas mostram que há uma certa distância entre o self-made e alguém que sai literalmente do zero.
Exemplos de bilionários que saíram de fato do zero existem, e não são poucos. Praticamente todos os novos bilionários chineses entram nesta categoria. Inúmeros, como Elon Musk, são constantemente acusados de ter origem em famílias ricas, quando o mesmo não passa de um mito.
O debate aberto pelo Credit, porém, tem nome e sobrenome: mobilidade social.
O quão provável é alguém que nasceu em uma classe social mudar para outra com renda maior?
Para boa parte dos economistas o tema é uma discussão central quando o assunto é desenvolvimento.
Veja bem, não se trata aqui de discutir quantos milionários uma economia irá formar, pois isso seria um tema inócuo. A questão é evitar que uma criança vá ter uma vida condicionada à renda de seus pais.
Trata-se de uma das piores mobilidades sociais do planeta.
Nos EUA, o número é de 5 gerações, na Finlândia, 4.
Com 42% das crianças brasileiras vivendo na pobreza, a questão é fundamental para destravar o potencial de crescimento no país.
Um estudo da FGV concluiu que por aqui, 56% da renda de um adulto depende da renda de seus pais. Na prática significa dizer que as crianças tendem a repetir o desempenho de seus pais no mercado de trabalho.
O número já foi bastante pior, chegando a 75% em 1996. Um maior acesso à educação e políticas de transferência de renda ajudaram a reduzir o problema.
Por aqui, uma criança que nasça em uma família 2 vezes mais rica, tende a manter uma renda 70% superior à outra na fase adulta. Na Noruega, o % cai para 20%, indicando que ambas as crianças encontram oportunidades similares.
É improvável que em algum momento da humanidade uma criança nascido no interior rural vá ter as mesmas oportunidades que uma criança nascida em um família de classe média com país graduados em universidade, mas diminuir essa diferença, é relevante para o desenvolvimento.
O estudo do Credit aponta ainda uma forte expansão no número de ultra-ricos, e em especial um aumento dos mais novos dentro deste grupo.
Baseado em acumulação de imóveis, ações e terras, o estudo aponta que a internet tem sido fonte de geração de muitos dos atuais milionários, com queda de barreiras de entrada para diversos negócios.
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