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Blockchain

6 bancos que se renderam à tecnologia blockchain

O futuro da securitização está na blockchain As funcionalidades de tokenização estão em franca ascensão no mercado financeiro tradicional. Graças a aplicações generalistas da tecnologia blockchain, tornou-se possível recriar de forma inteiramente digital “papéis” financeiros que representam os mais variados ativos. Não é de hoje que já temos criptoativos representando moedas nacionais como o dólar […]

O futuro da securitização está na blockchain

As funcionalidades de tokenização estão em franca ascensão no mercado financeiro tradicional. Graças a aplicações generalistas da tecnologia blockchain, tornou-se possível recriar de forma inteiramente digital “papéis” financeiros que representam os mais variados ativos. Não é de hoje que já temos criptoativos representando moedas nacionais como o dólar ou metais preciosos como o ouro.

No mundo dos critptoativos, um token nada mais é do que a unidade de conta de uma blockchain ou de uma aplicação construída sobre ela. Se a minha rede ou aplicação é voltada a eleições, os tokens irão representar votos. Se tenho um sistema de pagamento via blockchain, os tokens serão moedas digitais. E assim sucessivamente. 

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Nos últimos 2 anos, a ideia de tokenização saiu das startups do segmento para ser abraçada por gigantes do setor financeiro. Em comum, elas vêem na utilização de blockchain um meio de prover desburocratização, confiabilidade, redução de custos e diminuição de prazos operacionais. 

Ainda que estes sejam passos iniciais, surpreendem pela relevância dos nomes envolvidos e, até mesmo em alguns casos, pelo tamanho das cifras envolvidas. Embora os mercados de ações e de imóveis estejam na mira e talvez sejam os próximos, é no segmento de debêntures que a tokenização tem chamado maior atenção.

Um dos pioneiros, o banco espanhol BBVA vem desenvolvendo desde abril de 2018 uma plataforma blockchain própria voltada à tokenização de debêntures. O projeto já conta com 8 diferentes emissões, tomadas como “pilotos” para maiores e mais numerosas emissões futuras. A instituição estimula, inclusive, que todas as partes interessadas contribuam para a descentralização da rede rodando seu próprio nó dela. 

Representantes do banco apontaram o uso em tempo real, a rastreabilidade, a transparência e a automação como fatores cruciais para a adoção da tecnologia. Isso tornaria o compartilhamento modularizado de dados possível, além de criar caminhos mais seguros para a troca de informações críticas.

Já na Rússia, o Sberbank estabeleceu parceria com a MTS, uma das maiores telecoms do país. Com debêntures superando os 10 bilhões de dólares, a emissão digitalizada foi feita em novembro de 2018 e utilizou a tecnologia de blockchain permissionada Hyperledger Fabric. Os responsáveis dizem que o processo os levou a confirmar as expectativas de confiabilidade, eficiência e segurança que tinham na aplicação de blockchain.

Um dos maiores bancos da Europa, o Société Générale digitalizou o equivalente a 100 milhões de euros de covered bonds, ao emiti-las na forma de security tokens. Pelo que se sabe, foi a primeira emissão do tipo em uma rede blockchain pública, datando de abril de 2019. A tecnologia utilizada foi a da rede Ethereum e o desenvolvimento da solução ficou a cargo da FORGE, comprovando a eficácia da blockchain na simplificação e na automação de processos, tornando-os mais transparentes e confiáveis e encurtando o “time to market” do produto.

Em setembro de 2019, o Santander emitiu 20 milhões de dólares em títulos de dívida por meio da blockchain. A aplicação foi construída de forma a reduzir os riscos de contraparte, além de diminuir os custos da emissão dos títulos e o prazo de execução do projeto. Uma vez mais, foi utilizada a implementação na rede Ethereum.

Evidenciando que não é só na Europa que o fenômeno está em alta, em janeiro deste ano, a Toyota Leasing na Tailândia totalizou mais de 16 milhões de dólares emitidos na forma de tokens, oferecidos a investidores institucionais ou qualificados. A Hyperledger Fabric foi mais uma vez a plataforma  escolhida para o projeto, que contou ainda com o apoio direto da Thai Bond Market Association.

Em mais uma incursão recente pela Ásia, desta vez no Japão, a blockchain foi utilizada pela Nomura e pela NRI na digitalização de debêntures. Os tokens foram emitidos numa tecnologia própria chamada iBet, com desenvolvimento pela BOOSTRY, e totalizam o equivalente a 300 mil dólares. Os títulos foram oferecidos diretamente a investidores pela NRI, enquanto a subscrição ficou por conta da Nomura Securities.

Ao que parece, pelos indicadores, principalmente em números de novos projetos e nos valores envolvidos neles, trata-se de um movimento que passará por grande expansão nos próximos meses. 2020 deve o ano em que tanto criptoativos clássicos como o Bitcoin quanto implementações próprias da tecnologia blockchain conquistarão enorme espaço no mercado financeiro tradicional.

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