
A Ethereum, lar da segunda maior criptomoeda em valor de mercado, enfrenta atualmente um período conturbado. Apesar de ser um dos maiores ecossistemas da Web3, muitos afirmam que o token nativo, Ether (ETH) morreu, e não se recupera mais.
Entre os motivos para a declaração de óbito da criptomoeda estão fatores como uma série de desafios que levantam dúvidas sobre seu futuro no ecossistema cripto. A seguir, o BlockTrends elencou cinco razões que rodeiam a internet, e discussões que a comunidade e especialistas levantaram. Confira porque alguns alimentam a percepção sobre o Ethereum estar enterrado.
Entre no GRUPO DE WHATSAPP do BlockTrends e fique por dentro do mercado cripto.
Desvalorização em relação ao Bitcoin
Desde 2021, o Ethereum tem apresentado uma tendência de desvalorização em relação ao Bitcoin. Enquanto o Bitcoin atingiu novos patamares, o Ethereum não acompanhou o mesmo ritmo de valorização. Desse modo, resultando em uma diminuição de sua dominância no mercado.
O Ethereum passa por uma queda abrupta na relação ETH/BTC. O ETH, criptoativo da rede Ethereum, atingiu 0,02337 BTC. Trata-se de um patamar não observado desde janeiro de 2021. Essa discrepância tem levado investidores a questionarem a viabilidade do Ethereum como um ativo de reserva de valor comparável ao Bitcoin.
Ether não é mais deflacionário
Uma das promessas do Ethereum após a atualização conhecida como “The Merge” era a transição para um modelo deflacionário. Nesse modelo, o fornecimento de ETH diminuiria ao longo do tempo. Portanto, pressionaria a demanda na ponta compradora.
No entanto, aproximadamente 2,5 anos após essa transição, o fornecimento atual de ETH permanece próximo aos níveis observados na época do The Merge. O que indica que a esperada deflação não se concretizou conforme previsto.
Isso levanta preocupações sobre a eficácia das mudanças implementadas para controlar a inflação da moeda.
Conflitos internos na Fundação Ethereum
Discussões internas e desentendimentos dentro da Fundação Ethereum têm gerado incertezas sobre a governança do projeto. Conversas em fóruns online como no Reddit sugerem a necessidade de reformular a estrutura de liderança para evitar que decisões internas prejudiquem o desenvolvimento e a adoção do Ethereum.
Críticas sobre a inatividade da EF vêm crescendo nos últimos anos, com muitos apontando que a fundação só aparece na mídia quando vende ETH, sem uma presença ativa na defesa do projeto.
Uma das principais críticas veio de Itzpoopster, um desenvolvedor envolvido com Ethereum desde 2018. Em um post recente na plataforma X (antigo Twitter), ele desabafou: “Tenho trabalhado com Ethereum desde 2018 e até agora mal ouvi falar da EF.
A única vez que os vejo mencionados é quando estão vendendo Ethereum. Não devem estar fazendo um bom trabalho”. Esse sentimento é compartilhado por muitos na comunidade, que esperam uma atuação mais ativa da fundação.
A Ethereum Foundation tem como missão “advogar pelo Ethereum”. No entanto, em um cenário onde diversas blockchains competem por atenção e adoção, a falta de uma presença consistente e intencional é vista como um erro estratégico.
Um dado emblemático que reflete essa postura é que a última postagem oficial da conta @Ethereum no X, que possui 3,5 milhões de seguidores, ocorreu em 18 de abril de 2022. Enquanto isso, blockchains concorrentes, como Solana, investem pesado em marketing e engajamento digital.
Diante desse cenário, membros da comunidade Ethereum defendem mudanças na estratégia da EF. Entre as sugestões, estão o aumento da comunicação pública, um uso mais ativo das redes sociais, maior transparência na destinação de fundos para projetos, além de possíveis mudanças na liderança da fundação.
Queda nas receitas de taxas de transação
As receitas geradas por meio de taxas de transação na rede Ethereum tem apresentado uma tendência de queda, atingindo níveis inferiores aos observados anteriormente. Essa diminuição pode ser atribuída à migração de usuários para outras plataformas que oferecem transações mais rápidas e com custos menores. Vale dizer que a Ethereum tem uma das taxas maiores do mercado, e mesmo assim a receita recua.
Apesar de muito disso ser “culpa” das segundas camadas, blockchains mais baratas adjacentes à Ethereum, a redução nas receitas de taxas pode afetar a sustentabilidade econômica dos validadores e desenvolvedores que dependem dessas recompensas. Atualmente, a receita advinda de taxas gira em torno de US$ 2,4 milhões. Contudo, trata-se do patamar mais baixo desde 2021, conforme dados do DefiLlama.
Concorrência agressiva de Solana
Para finalizar o post-mortem, a questão da concorrência. As plataformas emergentes como a Solana têm ganhado destaque ao oferecer soluções mais escaláveis e com menores custos de transação em comparação a falecida.
A capacidade da Solana de processar um maior número de transações por segundo e suas parcerias estratégicas têm atraído desenvolvedores e projetos que anteriormente operavam na rede Ethereum.
Essa concorrência intensifica a pressão sobre o Ethereum para inovar e melhorar sua infraestrutura a fim de manter sua relevância no mercado. Portanto, esses fatores combinados sugerem que o Ethereum enfrenta desafios significativos que podem comprometer sua posição de destaque no universo das criptomoedas.
$100 de bônus de boas vindas. Crie sua conta na melhor corretora de traders de criptomoedas. Acesse ByBit.com