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Economia

35% dos jovens trocaram faculdade por bets no Brasil em 2024, diz estudo

Daniel Infante, CEO da Educa Insight, a principal validação que a pesquisa mostra é que as bets hoje são concorrentes diretos das faculdades.

Estudar ou jogar no tigrinho parece ser um gigante dilema para o brasileiro. A cultura das bets está infectando a população ao ponto de gastarem menos com comida, conforme o BlockTrends já noticiou, e agora deixar de ir à faculdade.

Foram 35% dos brasileiros que tinham interesse em cursar o ensino superior em 2024, mas não foram comemorar no trote por causa de gastos com bets online, aponta pesquisa da Educa Insights. O estudo ainda destaca que o Brasil é o país com maior número de acessos a sites de apostas online no mundo. E supera inclusive países como Reino Unido e Estados Unidos.

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Faculdade bets apostas
(Fonte: Educa Pulse/setembro 2024)

Daniel Infante, CEO da Educa Insight, comenta ao BlockTrends que a principal validação que a pesquisa mostra é que as bets hoje são concorrentes diretos das faculdades. “Tem potencial de deterioração de no mínimo 30% da demanda latente. Ou seja, 3 de 10 possíveis novos alunos declaram que terão dificuldades de pagar seu curso decorrente do quanto coloca em plataforma de apostas”, comentou.

Em 2023, o montante gasto em apostas atingiu a impressionante marca de R$ 130 bilhões, e projeta-se que, em 2024, esse número aumente ainda mais, ultrapassando o montante investido em educação.

O levantamento, feito pela Educa Insights, estima que cerca de 1,4 milhão de potenciais estudantes deixaram de ingressar na faculdade por comprometerem suas finanças com essas plataformas.

31% adiou planos de faculdade por causa de bets

Uma das revelações mais preocupantes da pesquisa é que 37% dos jovens que pretendem iniciar um curso de graduação em 2025 ainda passam por dilemas. Eles afirmam que precisarão reduzir ou interromper suas apostas online para conseguir pagar pelos estudos.

Entre os que já estão envolvidos com apostas online, metade ainda expressa interesse em iniciar um curso de graduação. No entanto, os gastos recorrentes com apostas frequentemente comprometem essa ambição.

A pesquisa mostra que em torno de 31% dos jovens que deveriam ter iniciado seus estudos em 2024 adiaram ou cancelaram o plano devido aos gastos com jogos de azar. Além disso, a pesquisa Educa Pulse, da empresa, também traça um perfil dos jovens apostadores. A maioria é composta por homens de classe média e baixa, com idades entre 18 e 35 anos.

As classes D e E são as que mais sofrem o impacto, ou que mais apostam. Mais de 70% dos apostadores dessas faixas de renda relataram que nunca recuperaram o valor investido em apostas.

“São esses que historicamente escolhem por cursos a distâncias, e podem em função dessa deterioração frear sua decisão. É um tema latente, e é crítico”, afirmou Infante. O estudo também aponta que, enquanto os brasileiros gastam bilhões em apostas, menos de 1% obtêm lucro.

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