No dia 20 de maio de 2025, pela primeira vez em mais de um ano, o valor de mercado de 1 Bitcoin voltou a ultrapassar o preço de 1 quilo de ouro puro. Ambos recebem a classificação de ativos de hedge, ou proteção, a depender de quem classifica. Portanto, junto com surimento do Bitcoin em 2009, também veio o embate: qual é o melhor ativo de proteção?
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Desse modo, mais do que nunca, com o BTC cotado a aproximadamente R$ 595 mil e o ouro em torno de R$ 586 mil, o embate entre o velho e o novo voltou ao centro do debate financeiro global.
Mas mais do que uma coincidência numérica, essa equivalência revela uma mudança estrutural em curso. O Bitcoin se mostra cada vez mais eficiente, resiliente e valorizado. Especialmente em tempos de crise.
Desempenho em crises: Bitcoin vence com folga
Um gráfico do BlockTrends, com dados compilados por Yahoo Finance, mostra o comportamento médio do Bitcoin e do ouro nos 30, 90 e 120 dias após 16 eventos geopolíticos relevantes da última década. O resultado é contundente.
Enquanto o ouro praticamente estagnou ou caiu após choques globais, o Bitcoin apresentou fortes altas. Ou seja, o ativo realmente funcionou como um verdadeiro hedge de risco. E não apenas como reserva de valor.
Após 30 dias, o Bitcoin reage rapidamente a choques geopolíticos, com entradas especulativas e fuga de capital de mercados tradicionais. A narrativa de “ativo antifrágil”, que se valoriza em meio ao caos, começa a se consolidar já no primeiro mês.
Enquanto isso, o ouro apresenta leve retração. A explicação provável está no comportamento de investidores institucionais: eles têm recorrido mais a ativos digitais como hedge de curto prazo, enquanto o ouro exige mais tempo e logística para realocação.
De 3 meses em diante
Após 3 meses, o efeito do Bitcoin como “porto seguro alternativo” se intensifica. Investidores começam a ver o criptoativo como uma opção viável em portfólios. Especialmente em cenários inflacionários ou com instabilidade monetária (ex: guerra na Ucrânia, tensões China-EUA, hiperinflação na Argentina).
O ouro sobe timidamente, e de forma quase estática. Sua valorização abaixo de 1% no período evidencia que, embora continue sendo um ativo de reserva, ele não vem sendo a escolha preferencial em momentos de tensão prolongada.
A diferença atinge seu ponto máximo no quarto mês. O Bitcoin acumula uma impressionante valorização de quase +30%, consolidando-se como o ativo de melhor desempenho diante de crises prolongadas.
O ouro, por outro lado, literalmente estaciona. Em termos reais, tem desempenho negativo, com –0,04%, o que sugere que os investidores globais não estão mais recorrendo ao metal como primeira linha de defesa.
Especialmente em contextos que envolvem riscos tecnológicos, financeiros e de censura, onde o Bitcoin se mostra mais funcional.
Ouro x Bitcoin: fungibilidade, liquidez e portabilidade
Outro ponto de comparação entre ambos, e que é importante em um ativo de proteção, é a fungibilidade. Por um lado, o Bitcoin é totalmente fungível em qualquer carteira e rede, de forma digital, rastreável e instantânea.
Do outro lado, embora valioso, o ouro precisa ser analisado por pureza, formato, e pode variar por procedência. Portanto, muitas vezes 1kg de ouro pode não valer os mesmos 1kg de outro ouro, a depender de certificação ou ainda, de liquidez.
O que nos leva a outro ponto da comparação: liquidez. O Bitcoin pode ser vendido a qualquer momento, em qualquer lugar do mundo, em questão de cliques e segundos.
Já o ouro requer intermediários, tempo e avaliações para venda ou conversão em moeda. Portanto, muitas vezes o detentor do metal precioso pode sofrer um “deságio”, que é a diferença entre o quanto vale o ativo no mercado e o quanto o comprador está disposto a pagar.
No que tange à portabilidade, a vantagem novamente é do Bitcoin. O envio da criptomoeda pode acontecer entre países em segundos, sem burocracia. Basta uma taxa de centavos muitas vezes, e uma carteira virtual, para que uma remessa de 1 Bitcoin seja tão fácil quanto comprar um produto online.
Por outro lado, transportar 1kg de ouro não é fácil assim. O transporte físico exige segurança, tempo e alto custo. Pode precisar de carros-fortes, contratação de empresas terceiras de segurança e o transporte literalmente pesa bastante.
A equivalência entre 1 Bitcoin e 1 kg de ouro é simbólica, mas está longe de ser o ponto final. Como mostram os dados de desempenho pós-crises, o Bitcoin não apenas sobrevive ao caos: ele se valoriza com ele. Enquanto o ouro permanece como uma relíquia segura, o Bitcoin se posiciona como o ativo antifrágil da nova era.
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