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Porque reajuste de salário não significa maior conforto financeiro no Brasil

Mesmo com ajustes salariais ao longo das últimas duas décadas, o brasileiro tem visto seu poder de compra se erosionar progressivamente.

No Brasil, reajuste de salário não significa maior alívio para o bolso do trabalhador. Nem sempre quer dizer que o promovido vai conseguir comprar mais. Estudo do BlockTrends PRO, com base em dados do TradingEconomics e do IBGE, revelou um dado preocupante para a economia brasileira: o crescimento da base monetária M2 no Brasil tem sido 17 vezes superior ao crescimento do salário médio desde o ano 2000.

Conforme compartilhou o Head de análises do BlockTrends PRO, Cauê Oliveira, em seu perfil do Twitter, essa discrepância indica um cenário de desvalorização da moeda e perda de poder de compra da população.

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A expansão da Base Monetária M2 e seu impacto

A base monetária M2 é um nome bonito para dizer quanto dinheiro existe em circulação em um país. Na M2, isso inclui o dinheiro em circulação, depósitos à vista e outros ativos altamente líquidos.

O problema acontece quando há um aumento excessivo dessa base, sem um crescimento proporcional dos salários e da produtividade econômica. Isso leva a um processo de diluição do valor do dinheiro, resultando em inflação persistente.

É justamente o que o gráfico do estudo mostra um crescimento exponencial da oferta monetária M2. Enquanto o aumento do salário médio no Brasil ocorre em um ritmo muito mais lento.

Isso significa que, mesmo com ajustes salariais ao longo das últimas duas décadas, o brasileiro tem visto seu poder de compra se erosionar progressivamente.

O fenômeno do empobrecimento estrutural

Quando a oferta de dinheiro cresce mais rapidamente do que os salários, o resultado direto é um processo de empobrecimento estrutural. Desse modo, o custo de vida aumenta em uma velocidade muito superior à dos rendimentos dos trabalhadores.

Esse fenômeno explica porque muitos brasileiros sentem que estão ganhando mais em valores nominais. Contudo, conseguem comprar cada vez menos bens e serviços.

Além disso, o aumento da liquidez no sistema econômico sem um correspondente crescimento da produtividade e do investimento real pode gerar bolhas de ativos.

Onde o preço de imóveis, ações e até mesmo bens de consumo essenciais se tornam inacessíveis para a maior parte da população.

Cantillon era brasileiro?

Por fim, também há de se considerar o efeito Cantillon. Trata-se de uma ideia que Richard Cantillon (1680-1734) elaborou.

O financista irlandês-francês, que foi um dos pioneiros da economia moderna, explica as consequências de quando um banco central imprime dinheiro ou expande a base monetária. Nessa expansão, o dinheiro não entra na economia de maneira uniforme.

Segundo Cantillon, a expansão da M2 primeiro beneficia aqueles que estão mais próximos da fonte da emissão. Como bancos, instituições financeiras e grandes corporações.

Isso ocorre porque esses agentes recebem o dinheiro antes dos demais. Desse modo, podendo investir, comprar ativos e se proteger contra a inflação antes que o restante da população sinta seus efeitos.

Enquanto esses primeiros beneficiados adquirem bens e ativos a preços ainda baixos, a maior quantidade de dinheiro em circulação eventualmente eleva os preços.

Assim, impactando os consumidores comuns, que recebem esse dinheiro posteriormente, já em um ambiente inflacionado.

Bitcoin como alternativa

Diante desse cenário, Cauê Oliveira argumenta que a solução é um ativo escasso e descentralizado, como o Bitcoin. Por sua natureza, a criptomoeda pode servir como uma reserva de valor contra a diluição monetária.

Diferente das moedas fiduciárias, que podem ser emitidas em larga escala por governos e bancos centrais, o Bitcoin possui uma oferta limitada a 21 milhões de unidades. O que impede a inflação descontrolada, coloca o analista.

O crescente interesse por Bitcoin e criptomoedas como proteção contra políticas monetárias expansionistas tem sido observado globalmente.

O Brasil, sendo um dos países mais afetados pela inflação nos últimos anos, pode ver um aumento na adoção desses ativos à medida que mais pessoas buscam proteger seu patrimônio da desvalorização contínua do real.

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