A digitalização dos serviços financeiros tem se mostrado crucial para a sobrevivência de pequenas e médias empresas no Brasil. Em meio à crescente oferta de plataformas tecnológicas, fintechs voltadas ao público B2B vêm ganhando destaque ao oferecer serviços como antecipação de recebíveis, contas internacionais e soluções de pagamento mais acessíveis.
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Um exemplo desse movimento é o Shield Bank, criado em 2018 com foco exclusivo em PMEs. A empresa atua no desenvolvimento de soluções que buscam facilitar o controle financeiro das empresas e promover educação sobre finanças no ambiente corporativo. Para o CEO e fundador Robson Gimenes, a lacuna deixada por instituições tradicionais abriu espaço para abordagens mais diretas e pedagógicas.
“Grande parte das empresas quebra não por falta de vendas, mas porque não entende como administrar o próprio dinheiro. Falta conhecimento básico sobre fluxo de caixa, sobre o que é capital de giro ou o que pode ser antecipado”, explica Gimenes.
Antecipação de recebíveis
Além disso, entre os serviços oferecidos pela fintech estão o parcelamento de vendas com repasse imediato, a antecipação de recebíveis e uma conta global voltada para operações em mais de 200 países. Apesar do caráter técnico dessas soluções, o executivo destaca que a maior inovação da empresa está na forma de comunicação com os clientes.
“Temos uma responsabilidade educacional. A inadimplência, o endividamento e a falta de planejamento financeiro são problemas estruturais nas PMEs brasileiras. Não basta oferecer tecnologia, é preciso ensinar como usá-la de forma estratégica”, afirma.
Nos últimos anos, o ambiente regulatório mais aberto e o avanço da tecnologia impulsionaram o crescimento de fintechs no Brasil. De acordo com dados do relatório Radar Fintechlab 2024, já são mais de 1.500 empresas do setor no país, com parte significativa voltada para o atendimento de negócios de pequeno porte. O contexto da pandemia também acelerou a demanda por serviços digitais, com muitas empresas migrando parte de suas operações para o online.
Fintechs x bancos tradicionais
Nesse cenário, as fintechs têm buscado não apenas substituir os bancos tradicionais, mas construir novas formas de relacionamento com os empreendedores, principalmente os que enfrentam dificuldades de acesso a crédito ou serviços financeiros mais sofisticados.
“A ideia de que a dívida é sempre um sinal de falência ainda é muito presente. Em muitos casos, o que falta é organização. Se a empresa consegue identificar entradas e saídas, negociar prazos e antecipar o que for possível, ela já dá um passo importante para sair do aperto”, aponta Gimenes.
Para os próximos anos, a expectativa do setor é por soluções ainda mais personalizadas e integradas à realidade de empresas de menor porte. “Cada negócio tem uma dinâmica própria. O papel das fintechs agora é escutar mais, adaptar soluções e atuar também na formação dos empreendedores. Esse é o caminho para um setor mais sólido”, conclui o CEO.
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