A Enron Corporation, símbolo de um dos maiores escândalos corporativos da história, anunciou hoje seu relançamento e possivelmente sua própria criptomoeda com o objetivo de “solucionar a crise energética global”. A empresa decretou falência em 2001, e perdeu mais de US$ 60 bilhões em valor de mercado. Cerca de 20.000 funcionários perderam seus empregos e economias de aposentadoria. Agora, sob nova liderança, a empresa flerta com ‘descentralização’.
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Apesar de ser a responsável direta por centenas de demissões em 2001, agora a empresa promete enfrentar os desafios críticos de sustentabilidade, acessibilidade e eficiência energética por meio de criptomoeda própria e blockchain.
A liderança da nova Enron enfatiza um compromisso com práticas empresariais éticas, transparência e sustentabilidade. Segundo o anúncio, ela busca se tornar um modelo de responsabilidade corporativa.
No comunicado oficial, a Enron afirma que seu objetivo é “crescimento, transformação e renascimento”, alinhados ao combate às mudanças climáticas e ao avanço da descentralização no setor energético.
Portanto, a menção à utilização de tecnologias descentralizadas sugere blockchain. O comunicado sugere que a Enron pode estar planejando lançar algum tipo de token ou iniciativa vinculada ao mercado de blockchain, embora mais detalhes ainda não tenham sido divulgados.
Entenda o caso da Enron
O escândalo da Enron Corporation é um dos casos mais emblemáticos de fraude corporativa da história. Na época trouxe à tona práticas contábeis enganosas, conluio entre empresas e auditorias, e negligência de reguladores.
Sua fundação foi em 1985, época em que a Enron começou como uma empresa de energia tradicional. Mas não demorou muito para que diversificasse suas operações para se tornar uma gigante do setor de commodities. Sua área de atuação envolvia comercializar gás natural, eletricidade, petróleo e até banda de internet.
Logo a Enron ganhou fama por sua abordagem “inovadora” e foi eleita “a empresa mais inovadora da América” pela revista Fortune durante seis anos consecutivos na década de 1990.
Contudo, o que descobriram depois foi que a Enron criou um esquema para inflar artificialmente seus lucros e esconder dívidas de maneira fraudulenta, mas usando instrumentos legais como contabilidade de Marcação a Mercado (Mark-to-Market).
A prática permite que a empresa registre receitas previstas de contratos de longo prazo como se fossem lucros imediatos, baseando-se em estimativas de desempenho futuro. Contudo, a Enron avaliava estes contratos muito acima do que realmente poderia receber, como um lucro 100% garantido.
Mais práticas fraudulentas
Além disso, a Enron também criava subsidiárias para transferir suas dívidas para fora do balanço. Desse modo, mascarando passivos e apresentando um balanço financeiro mais saudável. Embora legal, a Enron usou as SPEs de forma imprópria para esconder bilhões de dólares em dívidas e inflar seus ativos.
A empresa também inflava artificialmente os preços de energia em mercados nos quais tinha controle substancial, prejudicando consumidores e gerando lucros excessivos.
A Arthur Andersen, uma das maiores empresas de auditoria do mundo, foi responsável por auditar os balanços financeiros da Enron. Contudo, em vez de denunciar as irregularidades, a empresa foi cúmplice ao destruir documentos importantes relacionados à auditoria da Enron.
A empresa de auditoria recebeu a condenação por obstrução de justiça. O que resultou no colapso de suas operações.
A crise começou a emergir em 2001, quando analistas financeiros começaram a questionar a opacidade dos balanços financeiros da Enron e a falta de explicações sobre a origem dos lucros.
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