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Cripto é o produto mais “importado” pelo Brasil, diz Banco Central (10 vezes mais que as comprinhas da Shein)

No mercado cripto, o volume de importação no Brasil apresentou um aumento anual de 110% no primeiro bimestre.

O Brasil observa um intenso crescimento na economia cripto, e já é uma das maiores importações na contabilidade do Banco Central. Junto com o mercado de alta, o brasileiro recuperou seu interesse em investir na classe de ativos.

Enquanto que, do outro lado, outras importações estagnaram com altas taxas aplicadas, como o caso das e-commerces chinesas. Assim, o brasileiro está comprando cripto dez vezes mais que as “Blusinhas da Shein”, que totalizam cerca de US$ 290 milhões no mesmo período.

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Já no mercado cripto, o volume de importação no Brasil apresentou um aumento anual de 110% no primeiro bimestre. Desse modo, no primeiro bimestre a importação de cripto atingiu US$ 2,9 bilhões, conforme os dados divulgados pelo Banco Central. No mesmo período do ano passado, a importação de ativos digitais totalizou US$ 1,4 bilhão.

Embora o relatório não especifique as importações por tipo de criptoativo, Fernando Rocha, chefe do departamento de estatísticas do Banco Central, afirmou que o Bitcoin representa a maior parte do valor contabilizado.

Exportação e importação de cripto no Brasil

Por outro lado, as exportações de criptomoedas somaram apenas US$ 146 milhões nos dois primeiros meses deste ano. A diferença gritante entre exportação e importação é referente à forma como o BC calcula ambas as atividades.

Na exportação, leva-se em conta a produção de criptomoedas no país. Portanto, o número é baixo uma vez que a mineração de Bitcoin não é uma atividade lucrativa devido aos altos custos de energia e de importação de equipamentos especializados.

Já os valores das importações de cripto no Brasil são bens, e não como ativos financeiros. A classificação foi uma solicitação do Fundo Monetário Internacional (FMI). Como resultado, o saldo da balança comercial brasileira é significativamente impactado, uma vez que as importações superam amplamente as exportações.

Já as moedas digitais de bancos centrais (CBDCs) e as stablecoins atreladas a moedas fiduciárias ou commodities não se encaixam na categorização do Banco Central para criptomoedas e, portanto, não influenciam o saldo comercial do país.

Além disso, para calcular as importações de cripto no Brasil, o BC leva em conta a mudança de propriedade de residente para residente. Ou seja, a importação de criptoativos trata-se da compra destes bens por um brasileiro por meio de uma corretora internacional.

No ano passado, foram investidos US$ 12,3 bilhões nessa categoria de bens, em comparação com US$ 7,5 bilhões em 2022, representando um crescimento de 64%.

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