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Blockchain

Bitcoin renova máxima em R$73 mil. Isso é o que você deveria saber sobre o mercado hoje

Foi em dezembro de 2017, ou mais especificamente, dia 20 de dezembro, que a revista Veja foi às bancas com uma arte sugerindo que um pedaço de papel valeria mais do que o Bitcoin em 1 ano. Justamente naquela semana a maior das criptomoedas chegaria a R$70 mil, sua máxima histórica, renovada hoje, quando o […]

Foi em dezembro de 2017, ou mais especificamente, dia 20 de dezembro, que a revista Veja foi às bancas com uma arte sugerindo que um pedaço de papel valeria mais do que o Bitcoin em 1 ano.

Justamente naquela semana a maior das criptomoedas chegaria a R$70 mil, sua máxima histórica, renovada hoje, quando o BTC alcançou R$73 mil (até o fechamento desta matéria).

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Muito coisa mudou desde então, a começar pela própria Veja, que quase foi a Zero, e encarou um Bear market, terminando com sua venda para o grupo BTG Pactual.

No mercado de cripto, inúmeras Altcoins, projetos de criptomoedas alternativos, encontraram seu verdadeiro valor: $0. Em um mundo onde escassez é um valor cada vez mais relevante, o Bitcoin seguiu o caminho oposto.

A despeito do momento de baixa, o mercado envolvendo Bitcoin se desenvolveu substancialmente desde então.

As exchanges, espécie de casas de câmbio, deixaram de ser a única alternativa para comprar a criptomoeda, dando lugar a fundos e gestoras reguladas, como o GBTC nos Estados Unidos, e a QR Asset Management no Brasil. 

O longo inverno da cripto, que durou exatos 1035 dias, viu ainda uma mudança de perspectiva com relação a própria essência do Bitcoin.

Gestoras com trilhões de dólares em ativos, como a Fidelity nos Estados Unidos ($8,3 trilhões em AuC), passaram a ver no Bitcoin um ativo com reserva de valor.

Muito mais do que o deboche que escondia um receio e preconceito com um ativo completamente novo, a maneira de encarar o Bitcoin saiu do “é possível comprar um café usando Bitcoin?”, para “eu consigo me proteger do risco cambial e da enxurrada de dólares criados pelo FED?”.

A prática tem respondido a essa última questão, bastante atual, de maneira positiva. 

Apenas em 2020, em meio a maior crise econômica dos últimos 80 anos, empresas e gestoras já compraram 600 mil Bitcoins, ou 3% do total existente, com o intuito de estocar.

Como em uma corrida do ouro, o Bitcoin está cada vez mais sendo entesourado. A demanda para entesouramento por sua vez, segue proporcional ao crescente volume de recursos criados pelos Bancos Centrais.

Com 11,3% dos dólares existentes no mundo tendo sido apenas nos últimos 10 meses, a escassez se tornou atraente. 

Ao contrário do FED, o algoritmo do Bitcoin é previsível, e reduz a oferta de tempos em tempos. 

Tal argumento tem sido bastante utilizado para gestores de empresas como a Square, ou Microestrategy, que juntas converteram mais de meio bilhão de dólares em Bitcoins, apenas para entesourar.

No Brasil, o risco político é parte considerável da questão para a alta de mais de 150% do Bitcoin frente ao real.

Com a menor taxa de juros da história, a moeda brasileira também bateu um recorde. Foi a moeda que mais se desvalorizou no mundo no período.

A situação faz com que os investidores internacionais não vejam sentido em investir em dívida brasileira, retirando recursos do país, o que por sua vez causa apreciação no dólar.

Trata-se de uma estratégia política, com aval do ministro da Fazenda, e comemorada por muitos que acreditam que depreciar nossa moeda é uma forma razoável de gerar competitividade.

Com dólar valendo mais, produzir em real se torna mais atrativo. Consumir por outro lado, fica mais caro. No meio desse tiroteio e jogo se interesses, o Bitcoin atua como um safe heaven. 

Enquanto a Faria Lima comemora os 100 mil pontos do Ibovespa pela enésima vez no ano, investidores de cripto já estão dolarizados. É o chamado duplo hedge. Risco político no exterior neutralizado na mesma medida em que o risco cambial local.

Se não pode vencê-los, junte-se a eles

Poucas coisas se tornaram tão sintomáticas daquele final de 2017 quanto capas de revista alertando sobre o perigo do investimento em cripto, ou as tentativas de governos ao redor do planeta de banir exchanges.

As causas não chegavam a espantar. Enquanto a B3 amargava números raquíticos de menos de 700 mil investidores, o mercado de cripto via 1 a 2 milhões de pessoas.

Num clubinho fechado, algo que o mercado tradicional pouco se esforçou para mudar, a nova “moda” incomodava, e as capas de revistas ecoavam o sentimento.

De lá pra cá a situação mudou. Sites especializados em mercado passaram a abrir espaço cada vez maior parte cripto. A mesma Exame que estampava manchetes sobre o apocalipse das criptos, agora sob nova direção, prepara um portal inteiro dedicado ao setor.

Por parte dos governos a situação não foi diferente. 

Na Coreia do Sul, que promoveu um dos mais pesados cercos ao setor, o Bitcoin foi regulamentado, e hoje atua de maneira completamente normal.

Na Índia, que por anos baniu a cripto, a situação é de euforia. O país se tornou um dos principais mercados de Cripto do planeta. 

Já na China, a situação não apenas se tornou mais regular, como o próprio governo chinês luta para implementar a sua própria criptomoeda.

Cabe lembrar porém que uma criptomoeda estatal possui algumas distinções, a começar pela centralização do emissor, e claro, ausência de transparência nas transações, como as propiciadas pela blockchain.

Em suma, ao contrário do que previam os profetas do apocalipse, o mercado cripto está cada dia mais atualizado, se relacionando com empresas de capital aberto, vendo aberturas de capital de empresas do setor, e atraindo a atenção do Venture Capital.

Ao contrário do próprio mercado de capitais que demorou mais de 1 século para aterrizar no Brasil, ao menos desta vez estamos bastante alinhados ao que acontece no mundo.

*Para se manter atualizado, siga a QR Capital no Instagram e no Twitter.

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