Armada de bilhões em títulos de dívida dos EUA, China aumenta tarifas para 118%

A tensão comercial da guerra de tarifas entre China e EUA atingiu um novo patamar nesta quarta-feira (9). Apesar do presidente dos EUA, Donald Trump, mandar o recado que “os países estão implorando para negociar com ele” a China parece não estar nesta lista de desesperados.

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O país anunciou um aumento de 84% nas tarifas sobre todos os produtos importados dos EUA. A medida, divulgada pelo Ministério das Finanças chinês, eleva o total das tarifas para 118%, considerando os 34% já anunciados anteriormente. Portanto, superando a taxa de 104% imposta pelos EUA sobre bens chineses.

A notícia gerou reações imediatas no mercado global e intensificou o que analistas chamam de uma guerra comercial sem precedentes entre as duas maiores economias do mundo.

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A escalada das tarifas dos EUA e a resposta da China

A decisão americana de 104% em cima da China, liderada pelo presidente Donald Trump, faz parte de uma estratégia de pressão econômica sobre o país. Por sua vez, já enfrentava tarifas de 20% antes do último aumento.

A China, no entanto, não pensou duas vezes em retaliar os EUA com mais tarifas. O Ministério das Finanças chinês detalhou que a nova tarifa de 84% será para todos os bens americanos a partir de 10 de abril.

E essa não é a única arma da China, o país detém bilhões em títulos públicos. A China vendeu US$ 50 bilhões de dívida america ontem, algo que já mexeu com o mercado.

E se a China vender os títulos de dívida dos EUA?

De fato, a China detém um arsenal em sua reserva de títulos do Tesouro dos EUA. Contudo, usar como arma pode ser um tiro no próprio pé.

Vender esses títulos em grande escala poderia desestabilizar o dólar e os mercados globais. Mas também prejudicaria o valor dos ativos chineses e a credibilidade de Pequim como um player financeiro confiável.

Enquanto isso, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, criticou a escalada chinesa, chamando-a de “um grande erro” em uma entrevista à CNBC desta terça-feira (8).

Bessent argumentou que os EUA, como um país com déficit comercial, têm menos a perder, já que exportam apenas um quinto do que a China envia para os EUA. “É uma mão perdedora para eles”, afirmou.

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