A Associação Russa da Indústria de Criptomoedas e Blockchain (Racib) anunciou hoje o lançamento de um projeto para migrar os recursos computacionais da mineração mundial para a Federação Russa.
A Grande Migração de Hash-power está em andamento há algum tempo, e a Rússia não quer ficar de fora desta festa.
A Associação Russa da Indústria de Criptomoedas e Blockchain (Racib) pretende com o projeto expandir a capacidade de mineração do país, para então atrair mais mineradores de bitcoin.
A Federação Russa, observou a associação em seu anúncio, está entre as cinco maiores nações em produção total de eletricidade. Em algumas regiões, o excedente de energia produzida chega a ser próximo de 50%. Outra vantagem é que o país, de clima frio e pouco povoado em regiões ao norte, melhora a eficiência dos equipamentos de mineração que precisam ser constantemente resfriados.
O projeto será realizado em cooperação com as autoridades centrais, regionais russas, empresas estatais e “um consórcio das maiores mineradoras da China”, segundo a Racib. As equipes de trabalho irão se organizar para participar no desenvolvimento do arcabouço legal, avaliar projetos blockchain, prestar assistência na implementação da digitalização da economia russa e desenvolver padrões e certificação aos participantes do mercado.
Apesar de suas fontes abundantes de energia barata, a Rússia está agora atrás do Cazaquistão em termos de mineração de criptomoedas.
O país da Ásia Central, em menos de dois anos aumentou sua participação na extração global de bitcoins em quase seis vezes, de 1,4% para 8,2%, segundo um estudo realizado pela Universidade de Cambridge.
A popularização do Cazaquistão como um local para a mineração de bitcoin é consequência da repressão chinesa às criptomoedas, mas também é devido ao preço da energia no país.
A fabricante de máquinas de mineração de bitcoin (BTC) Canaan (CAN), por exemplo, começou a minerar a criptomoeda no país por conta das taxas bem baixas de eletricidade.
Ainda assim, a Rússia tem uma chance de melhorar sua posição, já que o Cazaquistão recentemente introduziu uma sobretaxa para a eletricidade consumida pelos mineradores, apesar da oposição da indústria de cripto local.
A repressão chinesa às criptomoedas também fez com que o movimento migratório de máquinas de mineração chegasse na Rússia.
The9, uma empresa chinesa de jogos que entrou para o ramo da mineração no início do ano, anunciou semana passada que vai enviar suas máquinas para a Rússia, com intuito de escapar das restrições impostas pelo governo chinês à atividade no país.
Aglomerando todos esses incentivos, a Rússia tem boas perspectivas futuras para o setor de mineração de criptomoedas. Resta saber se sua participação no Hashrate global vai tornar-se tão significativa quanto a participação de China, Estados Unidos e Cazaquistão.
O movimento de inclusão da Rússia – assim como outros países da Ásia e América do Norte – no processo de mineração evitará outra concentração de recursos em uma só região, o que sem dúvida terá um impacto positivo na estabilidade e segurança de toda a economia digital global.
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O conteúdo Rússia quer atrair mais mineradores de Bitcoin e ultrapassar o Cazaquistão apareceu primeiro em Cointimes.
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