Poucos sabem, mas a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China começou mesmo em 2018 durante o primeiro mandato de Donald Trump. Contudo, alcançou novos patamares de intensidade em 2025, com tarifas recordes, bloqueios tecnológicos e impactos econômicos globais.
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Com ambos os lados mostrando resiliência, analistas e investidores tentam responder: qual a chance de a China vencer essa disputa? E o mais importante, o que seria uma vitória chinesa?
A guerra comercial começou oficialmente em 2018, quando os EUA, sob o comando de Donald Trump, iniciaram uma série de medidas protecionistas contra a China. Na época, alegando práticas comerciais desleais, como roubo de propriedade intelectual e subsídios estatais.
Em janeiro de 2018, Trump impôs tarifas de 30% sobre painéis solares e máquinas de lavar importadas. Incluindo as da China. Além disso, anunciou uma investigação “Seção 301” sobre roubo de propriedade intelectual pela China.
Em seguida, os EUA aplicaram tarifas de 25% sobre aço e 10% sobre alumínio de todos os fornecedores, com foco na China. Em resposta, a China impôs tarifas de até 25% sobre 128 produtos americanos, como aviões e soja.
No meio do ano de 2018, em junho, Trump anunciou tarifas de 25% sobre US$ 50 bilhões em importações chinesas.
Por sua vez, a China retaliou com tarifas equivalentes sobre produtos americanos, como carros e produtos agrícolas.
Trump elevou as tarifas para 10% sobre US$ 300 bilhões em bens chineses, após negociações fracassadas. A China suspendeu compras de produtos agrícolas americanos e desvalorizou o yuan, o que levou os EUA a acusá-la de manipulação cambial.
Após 18 meses de conflito, Trump e o vice-primeiro-ministro chinês Liu He assinaram o “Acordo de Fase Um” em Washington, DC, focado em questões como propriedade intelectual, transferência de tecnologia e agricultura. No entanto, a maioria das tarifas permaneceu.
Nos anos seguintes, 2021 a 2023, os EUA estavam sob administração de Biden. Apesar disso, a tensão continuou, com Biden mantendo as tarifas de Trump e adicionando novas restrições.
Em 2021, a China priorizou a autossuficiência tecnológica em seu 14º Plano Quinquenal, enquanto os EUA intensificaram o bloqueio tecnológico, limitando exportações de microchips avançados para a China.
Em maio de 2024, Biden dobrou as tarifas sobre células solares chinesas, triplicou as tarifas sobre baterias de veículos elétricos (para 25%) e aumentou tarifas sobre aço, alumínio e equipamentos médicos.
Finalmente, em abril de 2025, Trump, em seu segundo mandato, elevou as tarifas sobre bens chineses para 125%, com algumas categorias atingindo 145%.
A China retaliou, aumentando suas tarifas sobre produtos americanos para 125%. Trump também impôs uma tarifa de 10% sobre bens de outros países, com uma pausa de 90 dias para nações “piores infratoras”, exceto a China.
Atualmente, essas tarifas de Trump sobre bens chineses já ultrapassam 245%.
A guerra comercial teve impactos significativos em ambas as economias, mas os dados mostram que a China tem demonstrado maior capacidade de adaptação.
Em 2024, o comércio entre EUA e China totalizou US$ 585 bilhões, com os EUA importando US$ 440 bilhões da China e exportando US$ 145 bilhões.
O que resultou em um déficit comercial americano de US$ 295 bilhões, equivalente a 1% do PIB dos EUA. Esse déficit é menor do que o pico de US$ 419 bilhões em 2018, mas ainda reflete a dependência americana de bens chineses.
A China enfrenta uma desaceleração, com um superávit comercial próximo de US$ 103 bilhões em 2025, é verdade. Mas seus trabalhadores sofrem com a estagnação econômica. Governos locais, como os de Jiangsu, venderam 15.000 Bitcoins confiscados por US$ 1,25 bilhão possivelmente para aliviar déficits orçamentários.
Para o economista Luiz Persechini, é muito difícil definir o conceito de vitória nessa situação. “Falando de forma estritamente econômica a China ‘venceria’ caso conseguisse forçar os EUA a recuar drasticamente nas tarifas”, comentou ao BlockTrends.
Na visão de Persechini, isso poderia ser feito de algumas formas. Primeiro usando um mundo que vinha até então mais alinhado aos EUA, e ficou espantado com as atitudes erráticas de Trump, a seu favor, diversificando sua cadeia de suprimentos e comercial.
“A China tem em tese muito mais capacidade de suportar a ‘dor’ econômica e social das tarifas uma vez que, primeiro, não tem eleições e, segundo, tem uma população que apesar de ter ascendido muito nos últimos 30 anos sabe viver em momentos de mais escassez e está menos propensa a protestar”, avaliou.
Portanto, o economista aponta que, talvez para a China vencer seja apenas esperar que os resultados catastróficos das tarifas gerem uma espiral negativa na economia americana. Desse modo, elimine as chances de uma nova eleição republicana em três anos. Portanto, com Trump fora e um novo presidente eles podem voltar à mesa com bastante cacife.
“Quanto a chances de vitória. De novo, é muito difícil definir vitória. Nessa história toda no fim eu gosto de citar a presidenta Dilma ‘Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder’”, finalizou.
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