O dólar americano, por décadas considerado um porto seguro em tempos de turbulência global, está sob crescente pressão com a guerra comercial entre China e EUA.
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Um número recorde de gestores institucionais está se desfazendo de ativos denominados na moeda americana. O movimento de venda acontece diante de um cenário em que a credibilidade do dólar como moeda de reserva global começa a ser colocada em xeque.
De acordo com uma pesquisa global conduzida pelo Bank of America entre os dias 4 e 10 de abril, 61% dos maiores fundos do mundo acreditam que o dólar vai se desvalorizar nos próximos 12 meses.
Enquanto mais de dois terços o consideram atualmente sobrevalorizado. Trata-se da perspectiva mais pessimista desde 2006 e a avaliação mais negativa sobre o valor do dólar em quase duas décadas.
O levantamento, que ouviu 164 gestores com mais de US$ 386 bilhões sob gestão, ocorreu em meio ao que a Casa Branca batizou de “mês da libertação”. A data foi marcada por novos anúncios de tarifas do governo Trump.
As medidas incluíram uma tarifa de 245% sobre as importações chinesas e a promessa de postergar tarifas sobre outros 70 países por apenas 90 dias.
Essas decisões alimentaram temores de uma desaceleração econômica nos Estados Unidos. Enquanto derrubaram as expectativas de crescimento global para seus níveis mais baixos em 30 anos.
Um relatório da J.P. Morgan, citado em resultados de busca recentes, destaca que a participação do dólar nas reservas globais de câmbio caiu de 66% em 2015 para menos de 58% no terceiro trimestre de 2024.
Outro fator é o cenário econômico nos Estados Unidos. A confiança no chamado “U.S. exceptionalism trade”, a combinação de ações americanas fortes e um dólar robusto, vem diminuindo. Como apontado por uma pesquisa anterior do Bank of America em fevereiro de 2025.
Na época, 89% dos gestores já consideravam as ações americanas sobrevalorizadas, e o pessimismo em relação ao dólar já começava a se manifestar.
A pesquisa deste mês intensificou essa percepção, com os gestores agora temendo que a sobrevalorização do dólar, estimada em 14% acima da média de longo prazo segundo a GW&K Investment Management, possa levar a uma correção significativa.
A crescente aversão ao dólar também é clara no mercado de derivativos. De acordo com dados da Bloomberg, o prêmio pago por opções de venda do dólar subiu para níveis não vistos desde 2020.
Opções são contratos do mercado financeiro que entregam o direito ao detentor de vender ou comprar um determinado ativo a uma faixa de preço previamente acordada.
Ou seja, quando o investidor acredita que o ativo pode desvalorizar ou valorizar, pode comprar esse contrato como proteção ou especulação.
Desse modo, sabe que mesmo se desvalorizar mais do que espera pode vender ao preço que acordou previamente. Ou se valorizar, ele pode comprar a um preço mais baixo com uma opção de compra.
Contudo, quando o risco de desvalorização do ativo aumenta muito, o contrato aumenta de preço. Visto que poucos aceitam vender por um preço que acreditam ser maior do que realmente valerá o ativo no futuro.
Portanto, o gráfico do “one-month risk reversal” mostra que, pela primeira vez em cinco anos, traders estão pagando mais por proteção contra uma queda do dólar do que por uma alta . Uma inversão simbólica e preocupante.
Esse movimento indica um sentimento de risco claro: o dólar, que normalmente atrai demanda em tempos de crise, está sendo evitado como ativo defensivo.
Em vez disso, os fluxos migraram fortemente para ouro e títulos do Tesouro, com a maior alocação em ativos defensivos das últimas duas décadas, segundo a mesma pesquisa.
Por fim, vale ressaltar que, desde o pico registrado em janeiro, o dólar já se desvalorizou quase 10% em termos ponderados pelo comércio internacional.
Essa perda vem acompanhada por uma queda paralela no valor dos títulos do Tesouro dos EUA. Um duplo golpe que evidencia o enfraquecimento da confiança global nos ativos americanos.
O pessimismo em relação ao dólar não é apenas uma questão de percepção; ele pode ter implicações reais para a economia global. Uma desvalorização do dólar poderia aumentar os custos de importação nos Estados Unidos.
Desse modo, pressionando a inflação em um momento em que a economia global já enfrenta desafios como a guerra comercial. Por outro lado, países com moedas mais fracas poderiam se beneficiar de exportações mais competitivas, mas isso também poderia intensificar a volatilidade nos mercados emergentes.
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